Assim como muitos descendentes dos primeiros imigrantes, Andréia Hornburg Rahn aprendeu desde pequena a respeitar a cultura repassada pela família. Dentre os esforços para a manutenção das tradições, está a de preservar a língua pomerana. “Aprendi muito com meus pais e avós e percebo que muita coisa hoje já está se perdendo, algo que não podemos deixar acontecer. Com a ajuda da tecnologia podemos resgatar muita coisa”, garante.
Assim que as primeiras Rodas de Conversa em Pomerano começaram em Pomerode, ela fez questão de participar. “Dois desses encontros, que aconteceram na casa dos meus pais, foram muito marcantes. A construção é em estilo enxaimel e em uma das oportunidades o meu pai fez a torrefação de café, e isso despertou a curiosidade de vários visitantes. Foi uma tarde muito agradável, e logo após isso todos puderam experimentar o café da família Hornburg também.”
Foi em uma dessas Rodas de Conversa que Andréia recebeu também o convite para contribuir com a produção dos conteúdos para os cadernos dos Pomeranos no Vale Europeu. “Esse material vai ser algo que ficará para as gerações futuras. Nós percebemos que são poucas as pessoas que ainda falam o platt e se interessam pela cultura. Então, esse material tem a função de ficar registrado para nos ajudar a não deixar que isso se acabe.”