Você já deve ter percebido que o cenário econômico atual vem pesando no bolso de todos os brasileiros, seja pela alta dos impostos ou pelo aumento de valor agregado a serviços e produtos, provocados pela inflação. E o serviço que está em crescente alta e chamando a atenção dos consumidores é o de financiamentos pela Caixa corrigidos pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) que é medido pela inflação oficial do país.
Essa forma de financiamento previa juros a partir de 4,7% ao ano e um prazo de até 35 anos para quitação do pagamento. Mas, nos últimos 12 meses, vem acumulando valorização de 9,68% e ainda continua acelerando. Esse aumento reflete diretamente no aumento das parcelas, atingindo o bolso de quem comprou a casa própria recentemente.
De acordo com especialistas econômicos, se você pensa em contratar um financiamento imobiliário, a linha corrigida pelo IPCA se mostra muito arriscada e é desaconselhável a sua escolha. Mesmo que no primeiro momento se mostre mais interessante, é necessário ter em mente que esses investimentos são de longo prazo, por isso, quem planeja pagar o parcelamento em 30 anos, é recomendado optar por outra linha, que não seja corrigida pela inflação.
Caso você já tenha contratado essa linha de financiamento, se acalme! Ainda há possibilidades para atenuar esses aumentos. A solução mais rápida seria procurar a instituição bancária e tentar renegociar a alteração da taxa, ou realizar a portabilidade para outra instituição bancária, também com outros tipos de financiamento.
Mas o mais importante, seja qual for o seu financiamento, é sempre consultar o valor detalhado que está sendo cobrado, para não haver surpresas desagradáveis e nenhum prejuízo maior para o comprador.
Por fim, caso os compradores não consigam renegociar ou a portabilidade com as instituições bancárias, é possível o ingresso com uma Ação Judicial para que Juiz determine a alteração da taxa, para evitar o enorme prejuízo aos consumidores, tema que ainda é muito controverso e novo na Justiça Brasileira.