O escape de urina ao fazer esforços simples, como tossir, espirrar ou até levantar peso, é um sinal de que algo não está funcionando corretamente no corpo. Conhecida como incontinência urinária de esforço (IUE), essa condição afeta muitas pessoas e pode ser desencadeada por uma fraqueza nos músculos do assoalho pélvico, que são responsáveis por controlar a continência urinária.
Segundo a fisioterapeuta com especialização em Gerontologia e Fisioterapia Pélvica, Bruna Catafesta (Crefito: 251658 – F), que atende na Mobilità Pilates e Saúde, a IUE ocorre quando há uma falha na coordenação ou força desses músculos durante atividades que aumentam a pressão abdominal, como os mencionados esforços físicos. Mas além da IUE, existem outras formas de incontinência urinária, como a incontinência urinária de urgência (IUU) e a incontinência urinária mista, que combinam os sintomas de ambas as condições.
Causas e fatores de risco
Diversos fatores podem contribuir para o desenvolvimento dessa condição. Bruna aponta que as principais causas estão ligadas à fraqueza muscular e à incoordenação do assoalho pélvico. Entre os fatores de risco, destacam-se:
– Gestações múltiplas e partos vaginais: A própria gestação já pode causar uma incontingência urinária devido ao peso do bebê. Além disso, durante o parto, os músculos do assoalho pélvico podem sofrer sobrecarga ou até lesões, também contribuindo para essa condição.
– Obesidade: O excesso de peso exerce uma pressão adicional sobre o assoalho pélvico, enfraquecendo essa musculatura.
– Atividades de alto impacto: Exercícios como corrida e levantamento de peso, quando não realizados com preparo adequado, podem sobrecarregar a musculatura pélvica.
– Envelhecimento: O envelhecimento natural e a diminuição de hormônios, como o estrogênio, afetam a força muscular e a elasticidade dos ligamentos e dos músculos, comprometendo a função urinária.
Sintomas e importância do diagnóstico precoce
A fisioterapeuta enfatiza que perder urina durante atividades cotidianas, mesmo que em pequenas quantidades, não é normal e deve ser tratado como um sinal de alerta. A detecção precoce e a intervenção eficaz são cruciais para evitar que a incontinência evolua e afete a qualidade de vida.
Muitas pessoas com incontinência urinária acabam evitando atividades sociais, exercícios físicos e até mesmo compromissos profissionais por medo de constrangimento. Com o tempo, isso pode levar a problemas mais sérios, como isolamento social, diminuição da autoestima e até quadros de ansiedade e depressão.
O papel da Fisioterapia Pélvica

A fisioterapia pélvica é uma abordagem fundamental no tratamento da incontinência urinária de esforço. Através de uma avaliação detalhada, o fisioterapeuta consegue identificar o grau de força do assoalho pélvico e quaisquer tensões que possam estar impedindo uma ativação muscular eficaz.
A fisioterapeuta destaca que a conscientização corporal é essencial para o sucesso do tratamento. Ensinar os pacientes a contrair e relaxar corretamente os músculos do assoalho pélvico é uma das principais técnicas utilizadas durante a terapia. Exercícios específicos, adaptados às necessidades de cada paciente, são fundamentais para fortalecer a musculatura e prevenir a incontinência.
A informação e a educação sobre a saúde do assoalho pélvico desempenham um papel crucial no tratamento da incontinência urinária. Muitas pessoas acreditam que o escape de urina é uma consequência inevitável do envelhecimento ou da gravidez, e acabam convivendo com o problema sem procurar ajuda.
A fisioterapeuta explica que a conscientização sobre o funcionamento do corpo e a importância do fortalecimento do assoalho pélvico pode transformar a vida das pessoas. A prevenção sempre será a melhor estratégia, e conhecer o próprio corpo é o primeiro passo para retomar o controle da saúde urinária.
A importância da dedicação de cada paciente
Embora cada caso seja único, Bruna observa que a grande maioria dos pacientes que se dedica ao tratamento de fisioterapia pélvica experimenta uma melhoria significativa. A chave para o sucesso é o comprometimento do paciente, que deve seguir as orientações do fisioterapeuta e realizar os exercícios em casa regularmente.
“Pacientes que se empenham e mantêm a disciplina no tratamento geralmente recuperam o controle urinário de forma mais rápida, podendo retomar suas atividades diárias sem limitações.”
Portanto, a incontinência urinária de esforço não deve ser vista como uma consequência inevitável da idade, da gravidez ou da prática de esportes. Com o diagnóstico precoce e o tratamento adequado, especialmente através da fisioterapia pélvica, é possível reverter ou controlar esse problema e melhorar a qualidade de vida de quem sofre com ele. Não deixe que o medo de constrangimento ou a falta de informação impeçam você de buscar a ajuda necessária. O cuidado com a saúde do assoalho pélvico é essencial para uma vida ativa e sem limitações.
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