O mês de julho é dedicado à conscientização sobre a prevenção de zoonoses nos animais de estimação. A campanha, conhecida como “Julho Dourado”, alerta os tutores de cães e gatos sobre a importância da vacinação.
Segundo a médica veterinária Dra. Fabiana Guenther, proprietária da Tier Haus Veterinária, manter o protocolo vacinal em dia é fundamental para proteger os animais contra doenças graves e potencialmente fatais. “Em cães, as principais são a cinomose, a parvovirose, o coronavírus entérico, as doenças respiratórias, a hepatite viral e a leptospirose. Já nos gatos, as doenças respiratórias e a leucemia viral felina”, explica.
Dra. Fabiana reforça também que, além das várias doenças que podem ser prevenidas nos cães e gatos, existem ainda as que podem ser transmitidas aos humanos. “Algumas são as doenças de caráter zoonótico, mas a mais fatal é a raiva. E não achem que ela não existe mais. O morcego portador do vírus é mais comum do que se pensa. Vale ressaltar que a doença é fatal para animais e humanos”, afirma.
De acordo com a veterinária, além da raiva, existem alguns estudos correlacionando o coronavírus entérico com a Covid, além de doenças respiratórias com alguns sintomas em humanos e giardíase, “que também pode contaminar animais e pessoas.”
Outras práticas de prevenção, como manter uma higiene adequada para o animal de estimação, bem como do local destinado a ele, também são fundamentais. “Além da vacinação, recomenda-se utilizar boas práticas de manejo e adequada desinfecção do ambiente, e isso inclui limpeza das camas, comedouros e bebedouros.”
Cuidados redobrados no frio
Segundo Dra. Fabiana, as temperaturas baixas e a umidade podem ser grandes inimigos dos animais de estimação e afetar a imunidade dos bichanos. “Por isso, evite expor seu animal a mudanças bruscas de temperatura e a ambientes úmidos.”
A veterinária explica que no frio os cães também sofrem com problemas respiratórios. “Gosto muito de ressaltar a importância da vacina contra a gripe canina. E os animais nem precisam sentir dor na aplicação, pois ela já existe na forma oral.”
Dra. Fabiana lembra ainda que cada animal é único. “Cada caso é um caso. Cabe ao tutor decidir junto com o veterinário qual melhor protocolo vacinal.”