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A importância de prevenir quedas em idosos

Dr. João Padua explica quais são os riscos e as melhores medidas para evitar o problema

Foto: Matheus Kurth
Médico dá dicas de saúde e bem-estar na terceira idade .

Com a evolução da medicina preventiva ocorreu o consequente envelhecimento da população e, como isso, o aumento do registro de doenças crônico-degenerativas, entre elas as que causam as quedas. Segundo estáticas, 30% dos idosos caem uma vez por ano. Os riscos aumentam com o avançar da idade e essa, provavelmente, é a causa mais comum de internação hospitalar para a população dessa faixa etária.
De acordo com o Dr. João Padua, as quedas em idosos representam um grave problema de saúde pública, cuja dimensão não é percebida pela sociedade brasileira. “Estas só são valorizadas quando provocam lesões importantes, como: fraturas de ossos, principalmente no fêmur e do quadril; trauma no crânio; depressão e ansiedade, por medo de novas quedas, além de ser pouco explorado nos meios acadêmicos e no âmbito de saúde pública”.
Com frequência este problema é pouco valorizado, até mesmo entre os próprios médicos e por outros profissionais da saúde, que as consideram inevitáveis com o envelhecimento. “Mas na verdade, suas causas podem ser diagnosticadas e prevenidas, levando com isso a uma redução da morbidade, mortalidade e de custos financeiros, já que as quedas são causadoras de lesões, de distúrbios emocionais, declínio funcional e até a morte”. As quedas resultam de alguns fatores: 

1) relacionados ao indivíduo (intrínsecos)

– Idade 
– Queda anterior
– Diminuição da acuidade visual
– Tontura 
– Distúrbio de equilíbrio e da marcha 
– Lesões do sistema nervoso 
– Doenças do aparelho locomotor
– Problemas relacionados a pressão arterial (hipotensão ortostática) 
– Depressão e transtorno do sono 

2) relacionado ao ambiente (extrínsecos)

– Condição do piso 
– Escadas 
– Cadeiras 
– Leito
– Banheiro 
– Calçados e órtese mal adaptados
– Poli medicamento, principalmente benzodiazepínicos, antidepressivos anticonvulsivantes e antiarrítmicos 


Muitas causas de quedas em idosos estão relacionadas com o próprio indivíduo (fatores intrínsecos) entre eles estão: uso de medicamentos, labirintites, problemas cardíacos, neurológicos, problemas de visão e audição, e estados de hidratação e nutrição. “Por este motivo é muito importante fazer o acompanhamento com o seu médico para que possam ser adotadas medidas preventivas e assim evitar as quedas e se elas ocorrerem, por uma eventualidade, poder diminuir sua gravidade”.

Um exemplo de prevenção a ser adotada para diminuir o agravo nas quedas é o controle da osteoporose. Este controle pode ser feito adotando as seguintes medidas: banho de sol, reposição hormonal, aumento da ingestão de produtos lácteos e suplementação de vitaminas e minerais além da prática regular de atividade física.


Já que 70% das quedas ocorrem em casa, torna-se importante os cuidados com o ambiente (fatores extrínsecos), “porém nem sempre nos damos conta de como organizá-los”. Confira algumas dicas importantes:

– Manter os ambientes bem iluminados, se possível em alguns ambientes usar sensor de movimento;
– Utilização de corrimão em escadas, além de tiras adesivas antiderrapantes em cada borda dos degraus;
– Eliminar tudo aquilo que possa provocar escorregões, como tapetes;
– Use tapetes antiderrapantes no chuveiro e barras de apoio nas paredes;
– No banho, utilize uma cadeira de plástico firme com cerca de 40 cm, caso não consiga se abaixar ou se sinta instável;
– Use sapatos antiderrapantes e evite sapatos de salto alto;
– Sentar-se para calçar os sapatos;
– Não se sentar em cadeira ou sofá muito baixo, pois o grau de dificuldade para levantar-se é maior;
– Deixe sempre o caminho livre de obstáculos;
– Cuidado com o piso, pois umidade e gordura podem deixá-lo mais escorregadio;
– Ao organizar os ambientes deixe os objetos que mais utiliza ao nível dos olhos, evitando assim abaixar em excesso e subir em escada para alcançá-los;


“No entanto, se mesmo com todos esses cuidados o idoso ainda assim sofrer uma queda é essencial realizar o socorro de forma rápida, já que, quanto mais rápido o acidentado for atendido (o ideal é dentro de até uma hora), as chances de ter sequelas é muito menor”.
Outra dica é que durante o período de recuperação, a família fique atenta para não reforçar o medo da queda. “É comum que os familiares, na tentativa de proteger o idoso, acabem contribuindo para a fobia. Restringindo o idoso de atividades que ele costumava praticar, o lembrando sempre da possibilidade de novas quedas e interferindo na sua autonomia. É preciso que os riscos sejam diminuídos para que novos acidentes sejam evitados. Mas, deve se ter cuidado, também, em não restringir a pessoa de sua vida social, impactando na qualidade de vida”, finaliza.

Informações:  
Dr. João Padua – CRM: 19.194
Rua Hermann Weege, 2177 – Centro de Pomerode
Fone: (47) 99942-1949

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