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Mesmo com cidades submersas, Estado propõe orçamento menor para barragens em 2024

Corte nos recursos para prevenção de cheias foi criticado pelo deputado Napoleão Bernardes

O enxugamento dos recursos previstos para manutenção, melhoria e ampliação das barragens gerou forte repercussão na Assembleia Legislativa de Santa Catarina.

De acordo com a peça orçamentária apresentada pelo Governo do Estado para 2024, o valor estimado para aprimorar o sistema de contenção de cheias será de R$ 21,7 milhões, uma queda de cerca de 50% na comparação com o montante aprovado para 2023, quando foram reservados R$ 42,5 milhões.

Nesta terça-feira, dia 7, o tema entrou na pauta de debates por iniciativa do deputado estadual Napoleão Bernardes (PSD), que demonstrou contrariedade com a proposta encaminhada ao Legislativo.

Na ocasião, o parlamentar lembrou o caos vivido atualmente por mais de 160 municípios catarinenses, que ainda contabilizam os estragos e tentam se recuperar dos efeitos devastadores das fortes chuvas.

Somente em outubro, de acordo com a Epagri/Ciram, regiões como o Vale do Itajaí, Litoral Norte, Planalto Norte, Sul e Grande Florianópolis registraram volumes de chuva superiores a 400 mm, sendo que a média para esta época do ano é de 170 mm, ou seja, menos da metade do que, de fato, choveu.

Foto: Bruno Collaço / Agência AL

“Há mais de um mês, temos cidades no Alto Vale do Itajaí totalmente debaixo d’água, como Taió, Rio do Sul, Rio do Oeste e Laurentino. Não podemos aceitar que o Estado retire ainda mais recursos para reforma e ampliação das barragens, que são instrumentos fundamentais para evitar e minorar enchentes. Isso seria um crime e um deboche contra toda a comunidade do Vale do Itajaí”, reagiu.

Além de reivindicar a melhoria da gestão e manutenção das estruturas já existentes nos municípios de Taió, Ituporanga e José Boiteux, Napoleão cobrou investimentos na construção de novas barragens.

“Por tudo isso que o nosso estado tem sofrido, o orçamento de 2024 deveria contemplar, no mínimo, o valor de 2023 mais a inflação. E mesmo assim, é muito pouco, diante dos desafios futuros que vislumbramos em relação às mudanças climáticas. Fica aqui o meu apelo para que este valor seja revisto, e sei que será, pois a segurança dos catarinenses está em jogo. Não medirei esforços para que isso aconteça”.

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