O presidente do Samae de Gaspar e o chefe de gabinete foram exonerados dos cargos após investigação da Polícia Civil.
A Operação Limpeza Urbana foi deflagrada na quarta-feira, dia 4, e visa investigar esquema de superfaturamento no serviço de limpeza urbana, anteriormente subordinado à Secretaria de Obras do Município de Gaspar, que teria ocorrido entre 2017 e 2023.
Diante disso, a Prefeitura de Gaspar emitiu uma nota informando a exoneração do presidente do Samae de Gaspar e do chefe de gabinete.
Confira o comunicado na íntegra:
“Uma investigação que ocorre há algum tempo desencadeou em busca e apreensão nesta semana em Gaspar. Entendemos que a ação tem a finalidade de apurar denúncia feita pela oposição aqui em Gaspar, com o objetivo de afetar a imagem da administração.
Até que a situação seja esclarecida e, em comum acordo, foram exonerados Jean Alexandre dos Santos e Luis Carlos Spengler Filho.
Queremos deixar claro que a administração municipal já forneceu centenas de documentos e relatórios já requeridos pelas autoridades visando esclarecer o assunto e segue contribuindo. Já determinamos também a instauração de uma auditoria interna. Seguimos trabalhando com dedicação e transparência.”
Sobre a operação
A Polícia Civil recebeu documentos e informações a respeito dos serviços relacionados à limpeza urbana, tais como varrição (manual e mecanizada), carpina, roçada, entre outros, todos realizados nas vias públicas de Gaspar.
Com isso, verificaram diversos casos de medições superfaturadas, especialmente nas áreas verdes pertencentes ao município, em que as medições superavam até mesmo a extensão do terreno, contando com aval de servidores públicos responsáveis pela fiscalização do contrato.
A Polícia Civil verificou ainda que o serviço, que antes era prestado para a Secretaria de Obras (vinculada à Prefeitura Municipal), passou a ser prestado para o Samae de Gaspar. Além disso, a pessoa que ocupava o cargo de Secretário de Obras na época é a mesma que estava na presidência do Samae até a exoneração.
No decorrer da operação, a Polícia Civil cumpriu buscas nas casas dos fiscais dos contratos e também nas residências dos ex-secretários de obras que fizeram a gestão dos serviços em que foram identificados pagamentos superfaturados.
Participaram da investigação a Coordenadoria Estadual de Combate à Corrupção (CECOR), a 1ª, 2ª e 3ª DECOR, a DECOR/DEIC, policiais da 1ª DP de Blumenau, DIC Blumenau, além da Delegacia de Timbó, todas coordenadas pela 4ª DECOR.
