Na noite de quarta-feira, dia 13, explosões foram registradas em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF). O dono do veículo com os explosivos foi identificado como Francisco Wanderley Luiz. Ele era de Rio do Sul e acabou morrendo no local.
O STF foi evacuado após as explosões serem ouvidas por volta das 19h30min, na Praça dos Três Poderes. Após o ocorrido, policiais militares fizeram uma varredura no local.
De acordo com o Boletim de Ocorrência da Polícia Civil, Francisco, que morreu no local, era o proprietário do veículo com os explosivos, o qual também explodiu no estacionamento entre o STF e o Anexo IV da Câmara dos Deputados.
Ele era conhecido como Tiu França e foi candidato a vereador pelo PL nas eleições municipais de 2020, mas não se elegeu.

A governadora em exercício do Distrito Federal, Celina Leão, esteve na Praça dos Três Poderes e conversou com os policiais. O acesso de pedestres e carros à Esplanada dos Ministérios foi fechado em decorrência das explosões.
A Polícia Federal abriu um inquérito sobre o suposto atentado na Praça dos Três Poderes. De acordo com o Ministério da Justiça, foram acionados policiais do Comando de Operações Táticas (COT), do Grupo de Pronta-Intervenção da Superintendência Regional da Polícia Federal no Distrito Federal, peritos e o grupo anti-bombas da instituição, que estão conduzindo ações no local.
Peritos criminais da Polícia Federal (PF) vão investigar as explosões com estratégia semelhante à reconstrução de cenário na identificação dos crimes de 8 de janeiro do ano passado, quando os prédios do Três Poderes sofreram ataques.
Entre os primeiros procedimentos que os peritos da PF devem fazer no local estão a identificação de todos os vestígios, além de uma identificação das imagens da área com ferramentas tecnológicas 3D a fim de compreender, em detalhes, a dinâmica do ataque.
Os peritos criminais da Polícia Federal atuarão nas investigações das explosões na Praça dos Três Poderes e no Anexo 4 da Câmara dos Deputados. Profissionais do Instituto Nacional de Criminalística (INC), que são especialistas em perícias de locais de crime e bombas e explosivos, foram acionados logo depois da ocorrência. A PF abriu inquérito para investigar o caso.
Os vestígios coletados serão posteriormente analisados para identificar e confirmar o tipo de explosivo utilizado, a possível origem e outras evidências que possam indicar se a ação foi planejada e se teve participação individual ou em grupo.
Em uma postagem nas redes sociais, o ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta, disse ter certeza que a Polícia Federal irá esclarecer o caso.
“Já sabemos que foi muito grave o que aconteceu. Já sabemos que o carro com os explosivos pertence a um candidato a vereador do PL de SC. Provavelmente a perícia vai confirmar que se trata da mesma pessoa que tentou entrar no STF depois morreu detonando explosivos na área externa no tribunal”, avalia Pimenta.
Fonte: Agência Brasil
Confira a nota emitida pelo STF após as explosões
Ao final da sessão do STF desta quarta-feira (13), dois fortes estrondos foram ouvidos e os ministros foram retirados do prédio em segurança. Os servidores e colaboradores do edifício-sede foram retirados por medida de cautela. Mais informações sobre as investigações devem aguardar o desenrolar dos fatos. A Segurança do STF colabora com as autoridades policiais do DF.
O presidente do STF falou por telefone com o presidente da República, com o diretor-geral da PF e com a vice-governadora do DF. Também por mensagem com o governador do DF. Está acompanhando a ocorrência e diretamente em contato com a segurança do STF.
Os prédios do Supremo Tribunal Federal passarão por uma varredura completa para verificação de eventuais artefatos na madrugada e manhã desta quinta-feira (14). O expediente foi suspenso até o meio-dia em todos os prédios, e a situação será reavaliada ao longo da manhã.