Além do desfecho das investigações acerca do caso de pedofilia registrado em Pomerode e do andamento do inquérito do Caso Luna, mais informações sobre a captura do acusado de atropelar e matar o policial militar rodoviário Alexandre Maciel foram apresentadas à imprensa na manhã dessa terça-feira, dia 10. De acordo com o delegado Rodrigo Raitez, que esteve à frente do caso, Eduardo Coimbra não ofereceu resistência no momento da prisão. “Ele foi encontrado de joelhos, com as mãos na cabeça, de costas para os policiais, solicitando que não fosse morto e dizendo que não estava armado. Ele esboçou uma reação inicial de choro, mas posteriormente não foi isso que aconteceu”, relatou.
Segundo ele, também não houve nenhum tom de deboche enquanto o acusado esteve na delegacia. Ele permaneceu em silêncio quanto ao fato de ter sido encontrado com drogas e também acerca da relação com a mulher que era proprietária do apartamento em que ele estava escondido. Segundo o delegado, não há parentesco entre eles. A mulher também permaneceu em silêncio.
Informalmente, Coimbra deu alguns detalhes sobre o crime em Massaranduba e sobre a fuga para Blumenau. Segundo ele, por já estar foragido após uma saída temporária, se assustou com a presença policial na rodovia, perdeu o controle da direção e não conseguiu parar ao ver o policial militar dando a ordem. Alegou ainda ter desmaiado momentaneamente após atropelar Maciel mas, quando acordou, percebeu o que tinha acontecido e fugiu.
Ainda em Massaranduba, ele esteve escondido no mato por cerca de quatro dias. Depois entrou em uma residência, roubou uma caminhonete e fugiu para Blumenau. Após outra fuga, escondeu-se novamente no mato por alguns dias. Em seguida, fez um morador refém e o obrigou a leva-lo de um ponto a outro da cidade e, posteriormente, foi para o apartamento em que foi encontrado e preso.
Uma grande operação foi montada pelas polícias Civil e Militar para impedir que ele fugisse novamente. Na ocasião, ele e a proprietária do imóvel foram presos em flagrante pelo crime de tráfico, tiveram a prisão homologada e convertida em flagrante pelo Poder Judiciário. Além dos delitos pelos quais já havia sido condenado, Coimbra responderá pelos crimes cometidos desde o atropelamento de Maciel até sua prisão.