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Animais peçonhentos durante o verão, o que fazer?

Foto: Divulgação

Com o verão chegando, a exposição de animais peçonhentos aumenta e consequentemente o risco de acidentes com humanos tende a se tornar mais intenso também. Devido ao aumento de ocorrências desse gênero, entramos em contato com o comandante do Corpo de Bombeiros Voluntários de Pomerode, Carlos Hein, que orientou sobre a melhor forma de lidar com a situação.

Segundo Hein, uma das espécies mais encontradas nessa época são as cobras, instigadas a sair de suas tocas devido ao calor, tornam-se mais vulneráveis. “Os répteis, assim como os peixes e os anfíbios, são animais pecilotérmicos, ou seja, a temperatura do corpo varia de acordo com a temperatura do ambiente. Logo, as ocorrências de acidentes com animais ofídicos são maiores no verão, pois no inverno as serpentes se isolam dentro de cupinzeiros e tocas. Elas não gostam de frio e ficam em buracos, sem se alimentarem por muito tempo, diminuindo o metabolismo. Por isso, quando esquenta estes animais estão mais ativos em todos os sentidos” explica.

Entre as espécies de cobras mais capturadas na região destacam-se a jararaca, coral, caninana e cipó. Ao se deparar com um animal dessa espécie é preciso manter a calma e, se estiver em área de risco, acionar o Corpo de Bombeiros, “não se aproxime, desvie do caminho da cobra, afaste animais de estimação da área, assim também oriente as crianças sobre os perigos” alerta Hein.

Acionado o Corpo de Bombeiros, a situação será avaliada para a captura, “somente realizamos esse trabalho se o réptil estiver oferecendo risco à população, exemplo: se ela estiver dentro de uma residência, num pátio de uma creche ou local com uma grande circulação de pessoas. Nesses casos realizamos a captura do animal para que não haja um acidente. Agora, se o réptil está no jardim e a casa fica na beira de uma área de mata, a orientação é deixar que a cobra siga o seu caminho, afinal ela só ataca quando se sente ameaçada, é este o mecanismo de defesa dela”.

Quando há a captura, o encaminhamento dado visa proteger não apenas a população, mas também o animal. “Após a recolha, ele é solto novamente na mata, afastado da área urbana. É feito um rodízio entre estes locais para não criarmos uma superpopulação em determinado local, respeitando ainda às características da cada cobra” completa.

Para prevenir este tipo de situação, Hein fala sobre alguns cuidados que devem ser adquiridos: “manter o quintal limpo e organizado é muito importante, pois as cobras vêm atrás de alimento e estes são ótimos esconderijos para roedores. Além disto, é preciso utilizar a consciência de que esta é a natureza e que é nosso dever preservá-la, pois somos nós que estamos invadindo o espaço das cobras, com o aumento das áreas urbanas, precisamos delas para controle de roedores, vamos buscar uma convivência pacífica”, finaliza. 

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