Na casa da Família Utpadel é assim, infinitos motivos para amor e respeito aos patriarcas

Foto: Marta Rocha/Testo Notícias
O convite para o encontro de gerações partiu de Arlindo Utapdel, como filho, pai e avô, tem centenas de motivos para se orgulhar da família linda que foi crescendo, criando raízes e se solidificando. Na sala aguardavam, além de Arlindo, Klaus, Georg e Walter, o patriarca.
Juntos, eles queriam falar sobre os laços que os unem, o respeito e, principalmente, o amor. Ah, esse último item sempre citado com lágrimas nos olhos dos mais velhos e um sorriso tímido de Georg.
As comemorações da Família Utpadel são sempre sinônimo de casa cheia e muita alegria. E não é pra menos, atualmente ela é formada por 45 pessoas. E pensar que tudo começou há 60 anos, com a união de Ellen e Walter, que veio seguido do sonho de ver a família crescer. O casal, que teve quatro filhos (Arlindo, Marlise, Nelita e Ércio), hoje tem também 11 netos e 14 bisnetos.
Uns foram morar longe, mas nunca perderam o contato e o afeto. Já outros preferiram ficar bem pertinho, como Arlindo, que construiu sua casa bem próxima a do pai. Assim como Arlindo, Klaus já tinha dois motivos pra não querer ir embora, quando também passou a morar com a sua família em uma casa na mesma rua do avô.
E cada fase do doce encontro de gerações é diferente e vivida de forma muito intensa por todos. Arlindo garante que, como qualquer família às vezes as brigas acontecem. “Mas sempre acabamos juntos novamente. E acho que foi isso o principal ensinamento que recebi do meu pai, a união. Ele sempre me ensinou a ser honesto, a batalhar e, principalmente, a ser feliz”, declara.
Arlindo afirma que ter a família por perto é muito melhor e que ser pai é uma grande benção. “Mas o melhor ainda é ser avô. Hoje já tenho cinco netos, dois de sangue e três de coração”, reforça.
E Klaus reforça que essa proximidade também serviu para que os gostos fossem parecidos. “Assim como meu pai, o meu ensinamento sobre honestidade foi, da mesma forma, muito forte. Meu avô sempre foi exemplo de retidão em todas as suas atitudes, como meu pai”.
Já o pequeno Georg revela que ama a casa do bisavô porque sempre tem balinhas. Já na casa do “opa” a pescaria é garantida. “Na nossa época a ansiedade era chegar na casa da oma e do opa pra comer pão com linguiça”, revela sorridente Klaus, pai de Georg.
Dos domingos no campo de futebol, e o trabalho do pai como árbitro, há mais de 25 anos, também despertou no filho a paixão pelo esporte. “Eu fui goleiro profissional até sofrer uma lesão e, há um ano, me tornei árbitro como ele. Hoje é o Georg que nos acompanha nos jogos e diz que quer ser goleiro e veterinário. Ser pai ainda é uma experiência muito nova, pois meu filho tem apenas seis anos. Eu acho que a vida muda totalmente, você trabalha e faz tudo em função dos filhos”, conta Klaus orgulhoso.
Muitos dos ensinamentos dos campos, pai e filho trazem para a vida. “Eu acredito que o principal ensinamento que trazemos para a nossa vida e nossas famílias é saber trabalhar os problemas de forma positiva. Como pais precisamos ser firmes, mas temos que dosar o amor e ter muita paciência também”, conclui Arlindo.
Imagens
União: Ellen, esposa de Walter, se sente orgulhosa em ver as quatro gerações juntas. Foto: Marta Rocha/Testo Notícias
Foto: Marta Rocha/Testo Notícias
Recordações: nos registros de infância, Arlindo ao lado dos irmãos Marlise, Nelita e Ércio. Foto: Arquivo pessoal
Nos campos: registro de Arlindo, ao lado do filho Klaus, como árbitros de futebol. Foto: Arquivo pessoal