Na próxima quarta-feira, dia 29, Pomerode promoverá o Encontro de Conscientização da Doença de Parkinson. O evento acontecerá na Associação dos Servidores Públicos, com início às 19h.
Além disso, o encontro é gratuito e aberto a pacientes, familiares, cuidadores, profissionais de saúde e comunidade em geral.
O objetivo do evento é conscientizar, trazendo informações e compartilhando experiências sobre a doença e as diversas formas de superação.
Este primeiro encontro também tem o propósito de promover a integração dos pacientes e a formação de um grupo de apoio, com o envolvimento da família e a participação da comunidade.
Sobre a doença
O Parkinson é a doença neurológica que mais cresce no mundo, apesar de ainda ser subdiagnosticada. O impacto na saúde pública e na sobrecarga de cuidados é imensurável.
Ainda falta informação sobre a complexidade da doença e como ela afeta os pacientes e seus familiares. Isso prejudica o entendimento e o apoio ao paciente que muitas vezes sofre com o preconceito.
Ao contrário do que muitos pensam, Parkinson não se resume a tremores e não é só uma doença de idoso. Ela também acomete pessoas jovens, no auge da idade produtiva, trazendo um impacto econômico e social ainda maior.
Essa doença é neurológica, degenerativa e progressiva, que apresenta sintomas motores e não motores que impactam profundamente na capacidade funcional dos pacientes. Ainda não existe cura, tampouco um medicamento capaz de interromper a evolução da doença.
No entanto, existe controle, quando o tratamento é multiprofissional: feito com profissionais especializados de diversas áreas como neurologia, fisioterapia, fonoterapia, educação física, psicologia, nutrição entre outras.
A grande maioria quando recebe o diagnóstico fica perdido, isolado e desolado, sem alegria de viver, sem perspectivas e sem acesso a um tratamento integral e especializado. E com isso, a doença avança e os sintomas se agravam.
Estima-se que mais de 10 milhões de pessoas são acometidas pela doença em todo o mundo. No Brasil, a estimativa é que afeta 600 mil pessoas entre homens e mulheres.
A doença começa a se desenvolver de forma lenta e silenciosa. Os principais sintomas motores são lentidão de movimentos, rigidez, tremores e instabilidade postural. Porém, apresenta uma série de sintomas não motores que impactam muito na qualidade de vida dos pacientes.
Estes sintomas invisíveis podem aparecer anos, ou até décadas, antes dos sintomas motores aparecerem.
Entre eles, distúrbios do sono, alterações de humor, ansiedade, depressão, alterações no olfato, na fala, constipação, entre outros.
Apesar da diversidade de sintomas, as pessoas com Parkinson podem viver com qualidade de vida e ter uma vida feliz. Para isso precisam mais do que medicamentos e acompanhamento médico.
Estudos mostram que a convivência social e a prática de atividade física associadas a outros tratamentos fazem a diferença na vida de quem tem essa doença neurodegenerativa. E se tudo isso for realizado em grupo, com acolhimento, positividade e empatia, os resultados são ainda melhores
