Na última semana, um passo significativo foi dado em busca de maior segurança na SC-421, trecho conhecido como Curva do Tiedt. O empresário Salézio Martins, e sua esposa Claudete, entregaram pessoalmente um ofício ao governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, solicitando medidas urgentes para prevenir novos acidentes na rodovia.
A iniciativa ganhou força após a trágica morte de André Janke, fato que mobilizou a comunidade e a sociedade civil em torno da Campanha SC-421 pela Vida.
A mobilização não se restringe apenas ao pedido de melhorias, mas sim a uma campanha ampla que busca sensibilizar e envolver toda a comunidade. Como parte dessa iniciativa, um ofício foi também entregue ao Ministério Público de Santa Catarina na terça-feira, dia 17, reforçando a necessidade de ações efetivas para aumentar a segurança na rodovia.
A campanha conta com o apoio de diversas entidades, incluindo a Associação Comercial e Industrial de Pomerode (Acip), Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Bombeiros Voluntários de Pomerode, Prefeitura, Grupo Escoteiro, Rede de Empresários pela Sustentabilidade e Humanização (RESH), além de voluntários, empresários e veículos de imprensa locais, entre eles o Jornal Testo Notícias.
A expectativa é de que as autoridades competentes atendam aos pedidos e que soluções concretas sejam implementadas para que a rodovia se torne um local mais seguro, prevenindo tragédias futuras e preservando vidas. Siga, divulgue e compartilhe a página @campanhasc421.
O apelo pela vida e as memórias que não podem (e não devem) ser apagadas
Ainda com os corações dilacerados pela perda repentina e precoce de André Janke, conhecido entre amigos e familiares como Kiko, as irmãs, Vanessa e Angélica Janke se unem para prestar uma homenagem ao irmão que partiu deixando um legado de amor, solidariedade e intensidade de vida. Kiko, aos 37 anos, foi uma das vítimas do grave acidente registrado na SC-421, em Pomerode, no dia 05 de setembro.
Para suas irmãs, era muito mais do que um irmão; ele era um amigo, um protetor e um exemplo a ser seguido. “O Kiko era para os amigos, em casa sempre foi o Dedé, que tinha um enorme coração, sempre disposto a ajudar a todos. Foi um cara que viveu intensamente tudo que conseguiu”, compartilham.
Angélica, a caçula, recorda com ternura a figura do irmão mais velho. “Ele foi meu primeiro amigo, cuidou e brincou comigo, são muitas as memórias que vou guardar do Kiko.”
Vanessa, por sua vez, destaca a ajuda constante que recebia do irmão em sua trajetória pessoal e também profissional. “Mesmo com a distância ele sempre esteve muito presente na minha vida.”

Segundo elas, a família agora se depara com a difícil realidade de seguir em frente sem a presença física de Kiko. “Para quem fica a dor nunca passa, a gente aprende a conviver com ela. Está sendo muito difícil de aceitar a forma como tudo aconteceu, mas se esse era o plano de Deus, só cabe a nós aceitar.”
As irmãs não escondem a angústia e a aflição que sentiram durante o tempo em que Kiko esteve internado, um período marcado pela incerteza e pela esperança de sua recuperação. “Foi a pior parte de todas, pois ficamos à espera de notícias, não sabíamos exatamente o que estava acontecendo.”
O momento do falecimento de Kiko é descrito por Vanessa com uma intensidade de dor indescritível. “Eu estava no hospital aguardando para tentar visitá-lo, mas infelizmente não deu tempo. A médica veio com a notícia e meu coração se partiu.”
Vanessa e Angélica deixam uma mensagem de agradecimento ao irmão que partiu, mas que deixou ensinamentos e memórias que jamais serão esquecidas. “Deixo aqui um obrigada ao meu irmão, que me ensinou muitas coisas, de como devemos e não devemos fazer algo. Obrigada por ter sido exatamente como você era”, diz Vanessa. Angélica completa: “só quero agradecer por ter sido o melhor irmão mais velho que eu poderia ter tido”.
A família Janke também faz um apelo às autoridades para que medidas sejam tomadas para tornar a SC-421 um local mais seguro e evitar novas tragédias. “Esperamos que seja feita alguma modificação no trecho para que não ocorram mais fatalidades como a do André. O ser humano tem o hábito de só tomar atitudes quando a dor bate na sua porta. Sempre soubemos do perigo daquele trecho, e com a dor que sentimos não queremos que mais ninguém passe por isso.”
Por fim, as irmãs deixam um pedido a todos que trafegam pela rodovia: “Para quem passa pelo local diariamente fica o alerta, tenham cuidado redobrado. Acidentes acontecem, mas muitos podem ser evitados com o simples fato de prestar atenção ao volante.”