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Entenda o caso do adolescente que matou os pais e o irmão no RJ

O crime ocorreu no sábado (21), dentro da residência da família, no distrito de Comendador Venâncio

Um adolescente de 14 anos foi apreendido na manhã desta quarta-feira (25), em Itaperuna, no Noroeste Fluminense, após confessar o assassinato dos pais e do irmão de três anos. O crime ocorreu no sábado (21), dentro da residência da família, no distrito de Comendador Venâncio.

De acordo com a Polícia Civil, o jovem matou os familiares após ser impedido de viajar para o Mato Grosso, onde planejava encontrar uma adolescente de 14 anos que conheceu em um jogo virtual. Após o crime, ele ocultou os corpos na cisterna da casa e tentou simular o desaparecimento dos parentes.
O crime
Segundo as investigações, o adolescente esperou os pais e o irmão dormirem para pegar uma arma de fogo registrada no nome do pai — autorizado como CAC (Colecionador, Atirador e Caçador) — e atirar contra os três. Em seguida, arrastou os corpos até a cisterna da residência, onde os escondeu, e espalhou um produto químico pelo chão da casa.
Nos dias seguintes, familiares entraram em contato com o adolescente, que apresentou versões diferentes para o sumiço dos pais e do irmão. Ele afirmou que o irmão havia engolido um pedaço de vidro e os pais o levaram ao hospital. No entanto, nenhuma unidade de saúde da região registrou atendimento relacionado ao caso.
A investigação
Na tarde de terça-feira (24), a avó do adolescente procurou a delegacia junto com ele para registrar o desaparecimento da família. No dia seguinte, durante a perícia na residência, os policiais localizaram manchas de sangue no colchão e roupas ensanguentadas. Uma bolsa de viagem já estava pronta, contendo os celulares das vítimas.
Um forte odor levou os peritos até a cisterna, onde os corpos foram encontrados. Diante das evidências, o adolescente foi conduzido à 143ª Delegacia de Polícia, onde confessou o crime. Em depoimento, disse que “faria tudo de novo”, segundo os investigadores.
Possível motivação financeira
Além da motivação ligada à proibição da viagem, os policiais identificaram uma pesquisa feita pelo jovem em seu celular: “como receber FGTS de falecido”. A investigação apura se ele teria interesse em acessar o valor de R\$ 33 mil em nome do pai. No entanto, o adolescente afirmou que realizou a pesquisa após os assassinatos, o que pode afastar a hipótese de premeditação por motivação financeira.
De acordo com o delegado Carlos Augusto Guimarães, responsável pelo caso, a polícia segue investigando detalhes da relação do adolescente com a suposta namorada virtual e as circunstâncias que levaram ao crime. O jovem vai responder por ato infracional análogo a triplo homicídio e ocultação de cadáver. A Polícia Civil do Rio de Janeiro segue acompanhando o caso.

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