A Voepass Linhas Aéreas divulgou à imprensa a lista contendo os nomes dos passageiros que estavam no voo 2283, operado pela aeronave ATR-72, de Cascavel (PR) à Guarulhos (SP), que caiu no início da tarde de sexta-feira, dia 9.
A morte de 57 passageiros e de 4 tripulantes foi confirmada. A informação corrige o número de 58 passageiros divulgado anteriormente. A Voepass está prestando informações às famílias pelo número 0800 9419712.
Passageiros do voo 2283:
Rosangela Souza
Eliane Andrade Freire
Luciani Cavalcanti
Jose Fer
Denilda Acordi
Maria Auxiliadora Vaz de Arruda
Jose Cloves Arruda
Nelvio Jose Hubner
Gracinda Marina Castelo da Silva
Ronaldo Cavaliere
Silvia Cristina Osaki
Wlisses Oliveira
Hialescarpine Fodra
Daniela Schulz Fodra
Regiclaudio Freitas
Simone Mirian Rizental
Josgleidys Gonzalez
Maria Parra
Joslan Perez
Mauro Bedin
Rosangela Maria de Oliveira
Antonio Deoclides Zini Junior
Kharine Gavlik Pessoa Zini
Mauro Sguarizi
Leonardo Henrique da Silva
Maria Valdete Bartnik
Renato Bartnik
Hadassa Maria Da Silva
Raphael Bohne
Renato Lima
Rafael Alves
Lucas Felipe Costa Camargo
Adrielle Costa
Laiana Vasatta
Ana Caroline Redivo
Josecarlos Copetti
Andre Michel
Sarah Sellalanger
Edilson Hobold
Rafael Fernando dos Santos
Lizibba Dos Santos
Paulo Alves
Pedro Gusson do Nascimento
Rosana Santos Xavier
Thiago Almeida Paula
Adriana Santos
Deonir Secco
Alipio Santos Neto
Raquel Ribeiro Moreira
Adriano da Luca Bueno
Miguel Arcanjo Rodridues Junior
Diogo Avila
Luciano Trindade Alves
Isabella Santana Pozzuoli
Tiago Azevedo
Mariana Belim
Arianne Risso
Tripulantes do voo 2283:
Ebora Soper Avila
Rubia Silva de Lima
Humberto de Campos Alencar e Silva
Danilo Santos Romano
Avião passou por manutenção e não tinha restrição técnica, diz Voepass
O diretor de operações da companhia aérea Voepass, Marcel Moura, afirmou que a aeronave passou por manutenção de rotina na noite de quinta-feira, dia 8, e não apresentou nenhum problema técnico. Segundo ele, a inspeção realizada pela equipe de manutenção da companhia não encontrou problemas técnicos.
Além disso, o diretor não descartou que o acúmulo de gelo nas asas do avião possa ter causado a queda. De acordo com ele, o ATR possui “sensibilidade” ao acúmulo de gelo por operar em altitudes mais baixas.
Contudo, o diretor afirmou que o sistema de degelo estava em pleno funcionamento quando foi realizada a checagem da aeronave. “Nenhuma hipótese é descartada”, concluiu.
Aeronave não fez comunicação de emergência, diz Cenipa
O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) informou que a aeronave não fez nenhuma comunicação de emergência antes do acidente.
“Não houve comunicação por parte da aeronave com órgãos de controle se haveria uma emergência”, disse em entrevista coletiva o chefe do Cenipa, brigadeiro do ar Marcelo Moreno, ressaltando que as informações ainda são prematuras.
O diretor da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Luis Ricardo, informou que a aeronave se encontrava em condições normais de navegabilidade e que os tripulantes também estavam com certificados válidos. Segundo ele, o total de passageiros é de 61 pessoas, sendo 57 passageiros e 4 tripulantes. O acidente aconteceu por volta das 13h30.
Segundo a Força Aérea Brasileira (FAB), o voo ocorreu dentro da normalidade até as 13h20. No entanto, a partir das 13h21, a aeronave não respondeu às chamadas do Controle de Aproximação de São Paulo, bem como não declarou emergência ou reportou estar sob condições meteorológicas adversas. A perda do contato radar ocorreu às 13h22.
O Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) informou que o sistema Salvaero, que é o conjunto dos Centros de Coordenação de Salvamento Aeronáutico, foi acionado às 13h26 e encontrou a aeronave acidentada dentro de um condomínio.
Além disso, os técnicos do Cenipa já conseguiram achar os gravadores de dados e de voz da aeronave.
Segundo o chefe do Cenipa, brigadeiro do ar Marcelo Moreno, são dois gravadores: o Cockpit Voice Recorder, que grava as vozes dos pilotos e todo o som da cabine, e o Flight Data Recorder, que grava informações técnicas como velocidade da aeronave, inclinação, se estava com os flaps ou o trem de pouso baixado.
“Isso é importante para a investigação, para gente conseguir reconstruir o acidente, de forma a entender aquela ocorrência para entregar a prevenção de acidentes e a segurança de transporte para a sociedade”, explicou.
Ele informou que os dados serão analisados com a maior celeridade possível, mas a investigação vai depender do estado em que os equipamentos foram encontrados.
“Depende do grau de destruição dos gravadores. Nós temos capacidade de fazer a extração estando os gravadores até muito danificados, mas depende de cada evento. Porventura, teremos que levar para o fabricante dos gravadores, nos Estados Unidos, pois temos grande necessidade de descobrir o que aconteceu. Não consigo dizer agora com quanto tempo isso irá acontecer”, informou Moreno.
Atualmente, existem dois laboratórios no Hemisfério Sul com capacidade de analisar as caixas pretas, um na Austrália e outro no Cenipa, em Brasília.
O Cenipa não adiantou quais seriam as causas do acidente. Moreno informou que todas as informações sobre o voo serão analisadas para a elaboração do relatório final sobre o acidente.
“Tudo é muito importante para a nossa informação. A nossa investigação é integrativa e envolve fatores humanos, operacionais e materiais. Todas as informações, sejam elas de controle aéreo, de meteorologia, tudo será coletado na primeira fase para posterior análise dos dados”, disse.
Fonte: Agência Brasil.