Márcio Buettgen conta sobre sua experiência ao receber a doação
Por redação Testo Notícias
Família: Esposa e filha de Márcio.
Novembro é um mês de suma importância para os hemocentros de todo o país. Isso porque comemora-se o Dia Nacional do Doador de Sangue, que tem como objetivo agradecer aos doadores pela ação de doar e busca sensibilizar a população para a importância desse gesto. Além disso, o mês foi escolhido por preceder um período de estoques baixos nos bancos de sangue.
Por isso, lembramos a importância da doação de sangue, pois há sempre quem precise dessa ajuda, como pessoas com doenças hematológicas variadas, câncer, pessoas que se submetem a cirurgias eletivas de grande porte, para emergências, entre outros fatores. Esse foi o caso do Márcio Buettgen, de 51 anos, que há 11 teve que passar por algumas transfusões de sangue.
Em 2009, ele foi a uma consulta de rotina com o cardiologista e, em um dos exames, o hemograma, descobriu que a contagem de plaquetas estava muito baixa. Diversos exames foram feitos posteriormente para assim chegar ao diagnóstico final: Márcio estava com câncer devido à falta de plaquetas, o chamado tricoleucemia. No caso dele, não havia sintomas, mas caso rompesse alguma veia, o sangue não iria mais coagular, função que é desempenhada no corpo humano pelas plaquetas.
O tratamento foi a quimioterapia. E, no caso do Márcio, foi mais invasivo e exaustivo, pois teve que realizar as sessões durante sete dias seguidos, 24h por dia. Foi nesse período que houve a necessidade de receber a transfusão de plaquetas. “Eu não sabia que precisava de sangue, mas os médicos acompanhavam os exames e quando achavam necessário, solicitavam a transfusão”, explica. Márcio ficou 14 dias internado e, durante esse espaço de tempo, recebeu 17 bolsas de sangue.
Após esse procedimento é normal que ocorra algumas reações com o corpo, como febre, reações alérgicas, infecções, entre outras. Felizmente, na maioria das transfusões recebidas por Márcio isso não ocorreu, porém, recorda de uma em específico. “Lembro de uma que senti muitos calafrios, tremia todo”, conta.
Além disso, outro empecilho enfrentado por ele foi a falta de apetite. Nos primeiros dias, Márcio conseguia se alimentar normalmente, pouco depois, devido à quimioterapia, ele explica que não conseguia cheirar nenhuma comida. “Isso me deixou muito fraco, a quimioterapia tira todo o seu apetite”, pontua.
Sobre a doação de sangue, Márcio ressalta a importância de realizar esse ato, sempre que possível. “Se não tivesse o estoque de sangue quando precisei dele, com certeza se perderia uma vida”, reflete. Além disso, alerta: “Muitos acham que nunca vão precisar, mas, como foi meu caso, se não tivesse o sangue em estoque…”
Márcio diz conhecer muitas pessoas que doam sangue e que, inclusive, realizaram esse ato de amor quando ele precisou. Felizmente, até agora ele não necessitou de novas transfusões. “Por enquanto estou curado dessa doença”, finaliza.
Se puder, doe sangue
No momento, o Centro de Hematologia e Hemoterapia de Santa Catarina (Hemosc) está com os estoques sanguíneos em alerta dos tipos B-, O- e O+, reduzido no tipo A+ adequado nos tipos A-, B+, AB- e AB+. Porém, mesmo que o seu tipo sanguíneo esteja adequado, não deixe de doar sangue quando puder, porque, como já foi dito, sempre há alguém precisando da sua ajuda.
Com o objetivo de garantir o distanciamento social, o doador deve agendar um horário pelo site ou telefone do Hemosc mais próximo. No dia, são realizados cinco passos que duram em média 1h, começando pelo cadastro, depois a pré-triagem, entrevista clínica, coleta de sangue e, ao final, o lanche, que é fornecido pelo hemocentro. Além disso, em todas as doações é entregue uma declaração ao doador, que poderá ser utilizada como abono no trabalho uma vez ao ano, conforme legislação. Doe sangue, salve vidas!
