O pomerodense Roger Behling vai deixar as terras alemãs para ensinar matemática em outro país
O pomerodense Roger Behling, professor de Matemática, vai trocar as terras germânicas no Brasil por um país bem mais tropical. No próximo ano ele e a esposa vão se mudar para as Bahamas. O motivo? Ele vai lecionar na Universidade das Bahamas.
Roger leciona Matemática do ensino superior desde 2005, época em que combinava a docência com o mestrado na UFSC, em Florianópolis. Durante o período de 2007 a 2011 se dedicou exclusivamente ao doutorado, que cursou no IMPA no Rio de Janeiro e parcialmente na TU Dresden na Alemanha. “Retornei para a sala de aula no começo de 2011 na Católica SC em Jaraguá do Sul. Em 2012 eu fiz um estágio de Pós-doutorado de um ano em Stanford nos EUA, voltando a lecionar na Católica SC, em 2013. No ano seguinte eu comecei a trabalhar na UFSC-Blumenau lecionando Matemática para cursos de engenharia e licenciatura. Após a minha entrada na UFSC Blumenau em 2014 eu tive a chance de novamente desenvolver pesquisa na área de Otimização Contínua na Universidade Técnica de Dresden”, conta.
Em 2012, quando ainda estava nos Estados Unidos, Roger procurava por um país tropical de língua inglesa onde pudesse trabalhar como Matemático. Ao se deparar com as Bahamas ficou encantado, mas na época parecia não haver vagas nesta área, naquele país. Já este ano, num momento de curiosidade procurou e achou pela internet uma vaga para Matemático na Universidade das Bahamas. Em seguida prestou um concurso.
“O processo seletivo relativo ao concurso que prestei para a Universidade das Bahamas consistiu de diversas etapas. Primeiramente os candidatos tinham uma data limite para submeter currículo com publicações, cartas de recomendação por parte de orientadores, cartas de filosofia de pesquisa e docência, etc. Uma semana após essa primeira análise, eu recebi a resposta de que eu e mais sete candidatos haviam sido classificados para fazer uma entrevista online. Nessa entrevista eu conversei com a chefe do Departamento de Matemática da Universidade das Bahamas por cerca de 45 minutos. Poucas horas depois da entrevista eu recebi um e-mail dizendo que eu havia passado para a próxima fase do processo e teria que responder uma série de perguntas até às 6h da manhã do dia seguinte. Eu respondi as tais perguntas depois de tomar bastante vinho e comer muito churrasco com a minha família em Testo Alto Pomerode, naquela sexta-feira. De alguma forma aquele vinho parece ter me inspirado nas respostas que mandei às 3h da madrugada, pois surpreendentemente eu passei para a última etapa do processo, que consistia em gravar vídeo-aulas sobre dois problemas de Matemática superior e tinha como objetivo avaliar as minhas habilidades como Professor. Alguns dias se passaram e a resposta de aprovação para uma das duas vagas veio por telefone”, explica.
Se tudo der certo em termos de visto e demais burocracias, Roger deve lecionar Matemática em Nassau, nas Bahamas, para cursos de engenharia e ciências exatas a partir de agosto de 2016. “Minha esposa sempre me acompanhou e dessa vez não será diferente. É provável que ela faça algum curso nas Bahamas”, revela. Por lá deve morar por pelo menos dois anos. Mas ele reforça que tomará o cuidado de não perder a posição de Professor na UFSC Blumenau
O matemático conta que ainda é muito difícil acreditar que de fato irá entrar em mais uma aventura mundo afora. “Por outro lado, aventura e novas experiências são coisas que me movem e me deixam feliz. Eu tenho esse desejo de ser cidadão do mundo para sempre e poder apreciar e viver diversas culturas e tradições. Nesse momento a correnteza da vida está me levando às águas do Caribe e eu sou muito grato por ter essa chance”, finaliza.
