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Audiências públicas: ações no combate à pandemia em SC ainda são insuficientes

Durante as discussões, gestores destacaram a importância de união entre os entes e reforço em campanha de conscientização

Foto: Bruno Collaço/Agência Alesc

Na última semana, a Comissão Especial dos Gastos Públicos da Assembleia Legislativa de SC (Alesc) realizou seis audiências públicas a fim de ouvir e buscar soluções para as demandas no combate ao Coronavírus em cada região do Estado. No dia 17 aconteceram as audiências das regiões Oeste e Extremo-Oeste, Norte, e da Grande Florianópolis. Já no dia 19 aconteceram as discussões para o Vale do Itajaí e, no dia 20, foram realizadas as audiências para o Sul, e para o Meio-Oeste e Planalto Serrano.

Durante as discussões, foram ressaltadas algumas boas práticas do governo do Estado como ampliação de leitos de UTI e de testagem, mas as ações ainda são consideradas insuficientes. Para o infectologista da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive), a situação da pandemia ainda é bastante grave e novas medidas precisam ser tomadas.

“Precisamos impor freios à pandemia. As medidas de prevenção podem fazer com que as estimativas de até quatro mil mortes acumuladas até o dia 13 de setembro não se realizem”, destacou.

Os gestores municipais que participaram da audiência também ressaltaram que a conscientização de todos é imprescindível para que o combate à Covid-19 tenha o resultado esperado. Segundo o presidente da Federação Catarinense de Municípios (Fecam) e prefeito de Rodeio, Paulo Roberto Weiss (PT), o momento é de união de esforços.

“Precisamos unir setor privado, setor público e, principalmente, a comunidade. Cada um fazendo a sua parte para juntos superarmos esse desafio e encontrarmos dias melhores. É hora de somar e não de dividir. É importantíssimo que estejamos alinhados com o Tribunal de Contas, Ministério Público, com o governo do Estado e com a Alesc”, afirmou.

Para fortalecer esta união, o presidente do Conselho dos Secretários Municipais de Saúde de SC (Cosems/SC), Alexandre Fagundes, reforçou a necessidade de “uma campanha robusta” para que a população entenda a necessidade de adotar os métodos preventivos básicos.

A fala foi endossada pelo prefeito de Chapecó, Luciano Buligon (PSL), que citou que “ainda há muitos preconceitos entre a população, desde o uso de máscaras, o isolamento social e até medidas sanitárias que todos devem adotar”.

O secretário de Estado da Saúde, André Motta Ribeiro, lembrou que já existe uma campanha realizada pelo governo do Estado, mas reconheceu que ela pode ser fortalecida com ações conjuntas envolvendo outros entes, como a iniciativa privada e a Alesc.

Já alguns prefeitos de cidades menores da Grande Florianópolis, como Major Gercino e São Bonifácio, destacaram a falta de efetivo policial e de equipes locais de fiscalização para evitar aglomerações nos finais de semana. O presidente do colegiado, deputado Marcos Vieira (PSDB), informou que levaria a reivindicação ao presidente da Alesc, deputado Julio Garcia (PSD).

As discussões regionalizadas ocorreram após duas audiências estaduais sobre o tema. Na primeira, os prefeitos reclamaram da inércia do governo do Estado no combate ao Coronavírus. Já na segunda, o secretário de saúde apresentou uma estimativa pessimista sobre o avanço da doença em Santa Catarina.

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