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Quando a paixão pela comunicação está no DNA

Leandro e Camila Mello falam sobre a escolha de trilhar o mesmo caminho profissional

O sobrenome é Kurzlop, mas você provavelmente conhece os integrantes dessa família pelo apelido Mello. O “novo sobrenome” surgiu de forma curiosa. “O Mello, no início do pai na rádio, surgiu da dificuldade das pessoas em falarem ‘Kurzlop’. De uma forma descontraída, foi sugerido que Mello todos conseguiriam pronunciar. Por isso, Leandro Mello e consequentemente eu, Camila Mello.”

Leandro, de 58 anos, conta que adorava ouvir as transmissões de jogos de futebol pelo rádio desde criança. A paixão levou a uma brincadeira que, com o passar dos anos, o colocou atrás dos microfones para assumir o papel de narrador esportivo. Segundo ele, em meados dos anos 1970, quando havia jogos no Campo do Juventus, atual ADR Karsten, levavam para ele um gravador de fita cassete para que registrasse os áudios das partidas. “Então, pegava as escalações dos times e narrava os jogos. Depois, na hora da cerveja, eu e todos os envolvidos sentávamos ao redor de uma mesa, colocávamos o gravador no centro e escutávamos”, relembra.

A brincadeira acabou fazendo com que ele ficasse conhecido. Já em 1986, a Rádio Pomerode fez a transmissão de um jogo amistoso entre Primavera e Botafogo de Jaraguá do Sul. “O Arno Muller, sabendo das minhas gravações, me indicou para a Rádio”. Ele foi oficialmente convidado e, a partir daí, já se somam 37 anos de transmissões.

Foto: Arquivo pessoal

A profissão oficial de Leandro é a de eletricista, pela qual se aposentou. Já as narrações aconteciam nas horas vagas e se tornaram uma paixão. “Alegria pra mim é, com minha voz, levar a emoção do jogo para os ouvintes”, destaca. São vários os momentos especiais colecionados ao longo dessas décadas, mas alguns o marcaram de maneira especial. “A conquista do vôlei feminino nos Jasc de Chapecó. O ginásio estava lotado e Pomerode venceu por 3 a 2, tive o prazer de narrar essa vitória pomerodense.”

Há também lembranças para além do esporte, como em 2008, quando os Jasc eram sediados por Pomerode e a região foi surpreendida por fortes chuvas e deslizamentos. “Por consequência, a competição foi cancelada, mas os trabalhos da rádio não pararam. Junto com toda a equipe, participei da cobertura dos acontecimentos, entrávamos às cinco da manhã e muitas vezes ficávamos direto até a madrugada.”

Além destes momentos ímpares, ele vivencia ainda uma experiência que lhe traz grande orgulho: ver a filha trilhando caminho no ramo da comunicação. Camila, de 34 anos, passou a trabalhar na Rádio Pomerode em 2009, após um empurrãozinho do pai. “Pois, afinal, foi ele quem me incentivou a enviar um currículo”, contextualiza.

Ela diz que muitas das lembranças de infância são do pai indo fazer transmissões de futebol “com o saudoso Arthur Bertoldi. Muitas vezes eu e minha mãe íamos junto e acompanhávamos de perto este trabalho”. Quando chegou a vez dela escolher a profissão, foi em Leandro que buscou inspiração. “Queria ser a pessoa que comunica e leva informação de uma forma alegre e descontraída, do jeito que ele sempre fez, com muito respeito às pessoas e aos fatos. Sou formada em Comunicação Social e, desde o primeiro momento da faculdade, antes mesmo de trabalhar na Rádio Pomerode, já havia escolhido este como meio de comunicação favorito e no qual gostaria de construir uma carreira”, revela.

A principal função de Camila é a de OPEC. “Isso significa que trabalho com todos os clientes do começo ao fim do processo. Sou responsável pela produção textual dos comerciais, assim como a programação deles na grade. Dentre outras burocracias exigidas, como comprovantes de veiculação e mapas de irradiação. As pessoas também podem me ouvir! Faço gravações e locuções de alguns comerciais e, quando necessário, ajudo nas ações da rádio.”

Foto: Arquivo pessoal

Para ela, vários fatores a encantam na profissão e no meio que escolheu para atuar, como a velocidade para chegar às pessoas e também a forma como elas presam pela credibilidade. “Aqui na rádio, também fico encantada com a preservação da cultura e da tradição alemã”, complementa.

Durante os quase 14 anos de atuação, ela conta que o maior desafio tem sido desenvolver a paciência e aprender a lidar com as diferentes formas de agir. “É um desafio lidar com pessoas, precisamos diariamente nos colocar no lugar dos ouvintes e clientes para entender as suas necessidades e poder ajudar da melhor forma.”

Camila e Leandro já chegaram a trabalhar juntos, uma experiência preservada com carinho na memória. “Já atuamos juntos em algumas jornadas esportivas. O pai em campo e eu no estúdio, fazendo a famosa técnica. Passei a entender de futebol para poder falar com propriedade na hora de passar os resultados aos ouvintes. Com certeza, de tudo que o rádio e a Rádio Pomerode poderiam me proporcionar, este momento foi o melhor e mais incrível, dividir, por alguns momentos, a locução com a minha maior inspiração.”

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