O Papai Noel é um personagem surgido no século IV. Baseado em Nicolau Taumaturgo, que em sigilo colocava um saco com moedas de ouro na chaminé das casas dos que estavam precisando de ajuda na época do Natal. Tornou-se santo e símbolo natalino, esse simbolismo partiu da Alemanha, onde vivia, até se tornar conhecido por todo o mundo. A lenda foi sendo alterada ao longo dos séculos e, atualmente, é conhecido como um “Bom Velhinho” de barba branca e comprida, com roupas vermelhas e que mora no Polo Norte. Diz à lenda que ele recebe as cartinhas das crianças e atende a quase todos os pedidos.
O fato é que o personagem encanta baixinhos e mesmo aqueles que já deixaram a infância para trás. Em dezembro, não é raro encontrar Papais Noéis em shoppings, no comércio em geral e nas ruas distribuindo balas. Sempre falamos do encantamento das crianças, mas o personagem representa algo mágico também para aqueles que vestem o manto.
Charles Gehlen, 53 anos, aposentado, pai de dois filhos adultos e com dois netos, conta que se veste de Papai Noel para alegrar os filhos dos primos e também no culto infantil da Paróquia Evangélica de Confissão Luterana Apóstolo André. Faz 14 anos que o “Bom Velhinho” faz parte da sua rotina no mês de dezembro.
“É muito gratificante ver a alegria das crianças. Vale a pena até o calor que se passa com a roupa de Papai Noel”, enfatiza. Todos os anos ele faz a alegria de mais de 120 crianças. “Muito legal eles entregarem as cartinhas ao Papai Noel. E, normalmente, os pais já sabem o que os filhos querem e atendem seus pedidos”, conta.
O técnico de vendas, Irivaldo Eichstaedt, 47 anos, normalmente interpretava o Papai Noel nas festinhas de encerramento do culto infantil, mas gostou tanto da experiência, que resolveu também sair pelas ruas da cidade entregando balas para as crianças. Distribuiu nos últimos anos mais de 10 quilos de balas. Houve uma edição em que ele também ganhou brinquedos para distribuir para a criançada. “É emocionante ver o brilho no olhar das crianças”, declara.
