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Mais de duas décadas levando pessoas de um destino para outro

Nestor Borchardt foi motorista de ônibus em uma conhecida empresa de Pomerode

Sentado no banco que fica na parte de trás da casa em que mora, Nestor Borchardt, de 71 anos, relembra os bons tempos de trabalho. Seu primeiro emprego oficial foi no ramo de porcelanas, em Pomerode. No entanto, começou desde cedo auxiliando os pais na roça. “Nós morávamos em Massaranduba e tínhamos mais ou menos cinco mil pés de banana plantados. Naquela época, eu gostava do que fazia”, evidencia.

Após a família se mudar para Pomerode, Nestor iniciou no mercado de trabalho. No início, fazia parte do setor da empresa que colava as flores dentro dos pratos. Um tempo depois, foi transferido para a área que fabricava as flores. “Fiquei um mês lá dentro e voltei para onde comecei, achava o cheiro do óleo muito ruim. Ao todo, fiquei quatro anos lá”, explica.

Depois de sair, ingressou em uma transportadora e era o responsável por realizar de caminhão o translado de cereais. Posteriormente, a empresa abriu também um posto de combustíveis, local em que trabalhou como frentista. “Lembro certinho o primeiro carro que abasteci.”

Depois de 11 anos, Nestor decidiu que era o momento de mudar de área. Para isso, começou em uma conhecida empresa de transportes de Pomerode. “Comecei na borracharia, trabalhando com os pneus. Depois, fui para a mecânica, só que eu não sabia nada, precisei aprender tudo sobre como funcionava, mas não foi difícil.”

Quando já estava há cerca de dois anos trabalhando no local, foi promovido a motorista de ônibus. “Andei por tudo que era canto de Pomerode. Eu dirigia para Blumenau, fazia as linhas circulares e muitas viagens nos fins de semana”, lembra.

Foto: Arquivo pessoal

Inclusive, guarda muitas lembranças e histórias das diversas vezes que trabalhou fora da cidade. “Eu gostava muito de ir para São Joaquim, devo ter feito mais de 20 viagens para lá. A Serra do Rio do Rastro também me marcou muito, tem três curvas que tem que cuidar muito. Acho que desci ela só três vezes, mas lembro que em uma não consegui fazer a curva e tive que dar ré, foi um sacrifício, ainda mais com mais de 40 pessoas dentro do ônibus, é uma responsabilidade muito grande.”

Diante das diversas viagens que realizou, tanto dentro de Pomerode quanto para fora do município, Nestor se tornou uma figura lembrada por muitos. “Hoje, quando saio de casa, as pessoas me reconhecem e me cumprimentam de bom gosto”, conta.

Aos 47 anos, ele conseguiu se aposentar, mas, mesmo assim, não parou de trabalhar. Finalizou a carreira como motorista registrado aos 60, após 27 anos, mas ainda assim se manteve por mais dois anos como um “coringa” na empresa. “Eu auxiliava quando a empresa precisava de mim e parei mesmo em 2013.”

De lá para cá, aproveita para descansar, capinar o terreno da casa e desfruta sempre que pode a casa na praia que ele e a esposa possuem. Porém, quando questionado se sente falta da época de serviço, não demora a responder: “Sinto muita saudade de dirigir ônibus, se eu pudesse eu trabalharia até hoje. Gostava demais.”

Para os jovens que estão ingressando no mercado de trabalho, o conselho de Nestor é simples: faça da melhor possível sua função e respeite seus chefes, assim conseguirá permanecer no local por muitos e muitos anos.

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