A jovem Beatriz Schwanke, de apenas 14 anos, apresenta seu primeiro livro, o “Cartas para Callfound”, lançado em junho desse ano. A estudante do 8º ano da Escola Básica Municipal Olavo Bilac começou a pensar nas primeiras páginas do romance em 2020. “Sempre gostei muito de ler, mas queria criar uma realidade diferente das coisas que eu estava lendo. Tinha vontade ler algo novo.”
Com a ideia em mente e a construção das personagens desenhada, Beatriz começou a missão de escrever o livro em 2021. Segundo a autora, um trabalho que demorou mais de oito meses para ser concluído. “Ele me exigiu muita dedicação. Muitas vezes você tem problema de criatividade, mesmo se esforçando muito.”
Inspiração e criatividade que, segundo ela, são aflorados quando ouve uma boa música. “Minha inspiração chega, principalmente, quando eu estou sozinha, ouvindo música. Parece que a cabeça começa a ter um milhão de ideias.”
Cartas para Callfound
Nas mais de 300 páginas de “Cartas para Callfound”, o leitor é conduzido, junto com a personagem Melanie, na busca incansável por resiliência. “Melanie tem vários problemas e precisa aprender a lidar com cada um deles. E essa é a principal mensagem que eu gostaria de passar para as pessoas. Não importa quantos problemas você tenha, sempre haverá uma solução”, garante.

Uma mensagem que a jovem escritora também aprendeu na prática no início desse ano. Com o livro pronto, Beatriz começou a busca por editoras que pudessem publicá-lo. E, mesmo com a negativa de algumas, decidiu que a obra ganharia forma como publicação independente. “Nem todas as editoras querem lançar o título de uma autora principiante e desconhecida como eu. Mas esse era um sonho que eu queria muito tornar real.”
Com todas as páginas escritas, Beatriz contou com a ajuda dos pais e o apoio das professoras de língua portuguesa, Elana Pagel e Camila Santos Avelar Costa. “Já quando eu estava escrevendo, a professora Elana me ajudou com minhas dúvidas e este ano a professora Camila leu toda a obra. Foi o meu pai quem me ajudou com o registro junto à Câmara Brasileira do Livro e me deu o aporte financeiro para imprimir os primeiros exemplares.”
E estes, assim que foram impressos, começaram a ser vendidos para a família e na escola, que deu total apoio à jovem escritora. Ela tem muitos projetos em andamentos. A proposta agora é transformar “Cartas para Callfound” em um e-book e divulgá-lo, junto com a versão impressa, em uma página que está sendo criada em uma rede social. “Eu também pretendo lançar outros seis livros. Esse é apenas o primeiro, e já escrevi outros dois, dando continuidade à história da Melanie, mas também na perspectiva de outras pessoas.”
Próximos passos

Para o futuro, além de ver os seus livros publicados e as suas histórias lidas por muitas pessoas, Beatriz pretende seguir os estudos na área da psiquiatria. “Não faço a mínima ideia do que farei da minha vida sem ser escritora. Mas eu pretendo estudar algo relacionado ao comportamento humano, porque acho a mente algo extraordinário e estudar isso a fundo me parece muito gratificante. É algo que amaria para a vida, assim como amo meu trabalho como escritora, e que me faria trabalhar feliz todos os dias”, afirma.
Beatriz também espera que sua obra possa incentivar outros adolescentes pelo rico universo da leitura e da escrita. “Escrevi algo bem leve para todo mundo ler e acho que isso vai ajudar as pessoas a gostarem da leitura. Acho que não é algo muito complexo que você não possa entender, mas não é muito simples para que você não o esqueça facilmente”, conclui.
Ficou interessado?
Enquanto a página nas redes sociais não fica pronta, informações e formas de adquirir o livro podem ser obtidas diretamente com a escritora: (47) 99201-1510