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Uma vida dedicada ao Paradesporto

Após aposentadoria, Ilsani Kroening Baptista se despede do projeto que ajudou a desenvolver em Pomerode

Ilsani Kroening Baptista, uma das profissionais mais conhecidas do Paradesporto pomerodense, se aposentou após mais de 15 anos de dedicação. Professora desde 2001, foi no ano de 2008 que buscou especialização na área. “Esses anos todos me dediquei, muito mais pelo amor, pois a felicidade deles não tem preço”, declara.

O olhar para o Paradesporto surgiu para Ilsani em 2006, quando trabalhava no Centro de Convivência Pommernheim. “Lá tinham duas cadeirantes com idade ativa e a Simone Weber (in memoriam), que também era cadeirante e fazia visitas pra elas. Na época, tivemos conhecimento dos Parajasc e lá fomos para a primeira competição, elas participaram da modalidade de tênis de mesa cadeirante”, relembra.

Da primeira sementinha do Paradesporto em Pomerode, plantada naquela oportunidade, o projeto foi ampliado e traçou uma trajetória de grandes conquistas. “Em 2010, surgiu o Paradesporto Escolar, onde incluí os alunos na fase escolar para participarem também.”

Para Ilsani, o Paradesporto ainda era algo muito novo e cada competição era um desafio. “Aprendi tanto com eles, como profissional e como pessoa. Tenho certeza que desde que entrei nesse projeto, vejo a vida com outros olhos”, garante.

Segundo ela, a Associação Pomerodense de Deficientes (Apodef) e a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Pomerode também fizeram parte do projeto em que Ilsani atuou como treinadora e professora das entidades, a primeira como voluntária. “Uma situação muito marcante foi a de um aluno que é Paralisado Cerebral e joga a Bocha Paralímpica. Fui treinadora dele na Apae de Pomerode, mas infelizmente ele perdeu o pai e foi embora para outra cidade. O aluno tinha o sonho de viajar de avião.”

Ilsani também foi coordenadora regional do Médio Vale de Educação física das Apaes, organizava as competências regionais e classificação para a etapa Estadual e Nacional, que são as Olimpíadas das Apaes. E foi nessa época que conseguiu ver o sonho do aluno se tornar realidade. “Ele conseguiu se classificar para a etapa Estadual e, em seguida, para a Nacional, quando foi para Campo Grande (MT) e de avião. A felicidade dele foi uma realização profissional e o sorriso dele ficou registrado na minha memória.”

A professora revela que já estava aposentada por algum tempo, mas que optou por continuar na função. “No ano passado, meu marido conseguiu se aposentar também e nossos planos eram de vivermos uma vida mais leve assim que ele se aposentasse. Moro num lugar maravilhoso, um pequeno sítio, adoro me dedicar às plantações e amo praia”, garante.

Da época do trabalho com o Paradesporto, Ilsani só leva alegrias e memórias que ficarão guardadas para sempre. “Sou muito grata a Deus por ter me dado esta oportunidade, tenho certeza que levei um pouco felicidade pra cada um deles”, conclui.

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