Amante do esporte Rolf Weh, 72 anos de idade, sempre se dedicou muitos anos a várias atividades. Recentemente, para cuidar mais da saúde deixou a Liga Pomerodense de Desporto, onde atuou por 21 anos, destes, cinco como presidente. Jogar bola sempre foi o que mais gostou de fazer, fato compreendido muito bem pela esposa Edalina, que perdeu as contas de quantas vezes Rolf chegou tarde, depois dos jogos. “Ele não se contentava em jogar, tinha que discutir as partidas”, conta sorrindo.
O primeiro campeonato disputado pela Liga Pomerodense pela Federação Catarinense foi disputado em 1992, quando Rolf assumiu a presidência da Liga.
“É preciso sempre exercitar a mente”, ensina. Foto: Arquivo Testo Notícias
De tudo que fez Rolf confessa que mais gostou foi de jogar futebol: “Fiquei 25 anos correndo atrás da bola”. Desde guri já brincava com a bola. Aos 17 anos jogava pelo Floresta e no ano de 1961 pelo Internacional de Testo Alto. Em 1967 jogou pelo Água Verde de Pomerode e em 68 no Botafogo. Sua posição era Meia Direita. “Todo mundo gosta de jogar no meio do campo porque é por onde a bola passa mais”, brinca.
Rolf atuou como secretário Geral do Clube Vasquinho durante 36 anos. Já jogando bolão, Rolf se divertiu com o grupo de amigos do Clube “Quinta Feirinos” por 20 anos.
“Fiquei 25 anos correndo atrás da bola”
Nascido em Jaraguá do Sul, veio morar em Pomerode, em 1948 e em 1964 casou-se. Com Edalina formou a família composta por três filhas e quatro netos. Da vida tirou a lição: em primeiro lugar a família, em segundo o trabalho, em terceiro o futebol. Mas quando Rolf conta a lição que aprendeu, a esposa logo brinca. “Isso você aprendeu agora que se aposentou”, referindo-se sobre sua paixão pelo Futebol. Ela diz: “Nunca tinha marido em casa, mas sempre respeitei o amor dele pelo futebol”. Também no casamento a dedicação foi por muitos anos. Faltam dois anos para o casal completar 50 anos de casamento. Ela destaca que o casamento para durar tanto tem que um respeitar o que o outro gosta de fazer, sempre com respeito para com o companheiro.
O primeiro da esquerda para a direita, quando ainda jovem jogava futebol. Foto: Arquivo pessoal
Algumas vezes Rolf vai assistir uma partida de futebol da Liga Pomerodense. Ele se emociona e seus olhos brilham só de lembrar. “Eu não vou assistir só aos jogos. Lá formei uma família. Tem jogador que me chama de pai. A gente cria uma amizade…”
Também trabalhou na tipografia Raimundo Jung de 1955 a 1962. De 1962 a 1963 trabalhou na Gráfica do Vale em Blumenau e de 1964 a 1994 trabalhou na gráfica Mayer, onde se aposentou.
Na Tipografia. Foto: Arquivo pessoal
Como todo bom jogador de futebol amador que não gosta de largar o campo, quando se aposenta vira técnico. Rolf assim o fez. Em 1969 a 1962 começou a carreira de técnico da equipe de aspirantes. Para manter a cabeça raciocinando bem ele pratica o Sudoku que é um quebra-cabeça baseado na colocação lógica de números. “Faço todos os dias para manter a cabeça funcionando bem. Porque não se pode deixar a cabeça parar”. Rolf não praticou somente esportes, foi músico por influência e ensinamento do pai Vicente. Ele aprendeu a tocar clarineta e bandoneon. Até participou da Banda da cidade comandada pelo pai. “Meu pai ensinou muita gente na cidade a ser músico”. Da mãe Rosa, ele recorda o que mais dizia para ela: “Mãeee, faz o almoço mais cedo para eu jogar futebol?”.
O pai atrás e ele na frente, na Banda de Música da cidade. Foto: Arquivo pessoal Campeão no Bolão. Foto: Arquivo pessoal