O evento aconteceu nos dias 3 e 4 de outubro

Corrida: André e Lucivane antes do início da prova.
André Ricardo Krueger é administrador de empresa, mas encontrou nas corridas sua paixão e hobbie. Ele é campeão catarinense de automobilismo de pista, mas sempre teve o sonho de disputar uma prova de rally. Isso se concretizou quando, em março de 2020, Pomerode recebeu uma etapa da modalidade e André pôde participar pela primeira vez.
A segunda prova disputada por André foi no fim de semana dos dias 3 e 4 de outubro, no Campeonato Rally Integração, realizado nas cidades de Viadutos, Erechim e Severiano de Almeida, no Rio Grande do Sul. A corrida marcou a retomada do rally de velocidade no Brasil após a paralisação das competições, ainda em março devido à pandemia da Covid-19.
Infelizmente, no primeiro dia, houve problemas técnicos que impossibilitaram que André completasse os seis especiais (trechos), ficando na sétima colocação. “Essa prova foi muito intensa, pois tivemos grandes desafios e muita adrenalina, desde quebra de intercom (equipamento que usamos para nos comunicar dentro do carro) durante a especial, como saltos à 160 km/h”, explica.
Já no domingo, André se classificou em segundo lugar. “Ainda não conseguimos fazer um levantamento confiável, mesmo assim conseguimos estar sempre dentro dos melhores tempos da nossa categoria, incluindo o primeiro tempo na última especial”.
Mas, não é só do piloto que vive o rally, há também outras pessoas que desempenham um papel muito importante nas corridas. Um deles é o navegador, que fica dentro do carro com o piloto, o orientando sobre como é o trecho, qual o grau de curva, além de informar se o piso está liso ou se tem alguma depressão ou obstáculo.
Nessa corrida, André reconhece o papel fundamental que a sua navegadora, Lucivane Balena, teve nos trechos. “Tive a oportunidade de contar com ela ao meu lado, que com calma e muita frieza, me passou todas as coordenadas durante as especiais”, diz.
Voltar a competir depois de sete meses com certeza traz um sentimento de ansiedade inigualável, porém, segundo André, é preciso manter o controle emocional quando se está no cockpit (cabine) de um carro como esses, ultrapassando 150 cavalos de potência. “Qualquer erro pode causar um acidente. Por esse motivo, mesmo distante das pistas, precisamos estar em movimento, e foi isso que fiz entre março, na última etapa, e outubro”.
Todas as corridas têm seus pontos positivos, negativos, suas particularidades e detalhes que as tornam únicas. Para André, uma característica do rally muito significativa é que mesmo que chova, o evento pode acontecer. Além disso, “a velocidade e adrenalina para cada curva é inexplicável, sem falar no calor do público presente”.
O rally conquistou o coração de André, que irá seguir sempre em frente, se aperfeiçoando e aprendendo cada vez mais. “Eu amo muito esse esporte e mesmo com todas as dificuldades sempre busco o meu melhor!”, finaliza.
Imagens
Foto: Edson Castro
Corrida: André e Lucivane antes do início da prova.Foto: Edson Castro