Chope em metro, serrador, lenhador, corrida do barril… Qual competição típica mais chama a sua atenção? Seja qual for, todas têm uma história e o objetivo de manter a cultura e as tradições germânicas. Na Festa Pomerana, essa é uma das atrações mais aguardada pelos visitantes.
Neste ano, “Os Serradores de Pomerode”, equipe oficial de competições típicas no Brasil, foram novamente convidados pela organização da Pomerana para realizar as competições típicas. Deles, duas figuras são muito conhecidas e sempre estão animando o público: Ronald Kreidel e Selvino Anderson Júnior.
Na 38ª edição do evento, Selvino conquistou uma marca impressionante: atingiu a maioridade, já que completou 18 anos de Festa Pomerana. “Quando vemos essa festa, que é a base do início de uma festividade de aniversário do município, ficamos contentes vendo os pavilhões cheios. Os turistas se sentem abraçados com o calor que passamos para eles e as competições são feitas para alegrar esse povo”, relata.
Já Ronald admite ter perdido as contas de quantas vezes participou, mas acredita ser em torno de 10 anos. “É um grande orgulho poder participar dessa festa e ver o grande sucesso que é. Foram dois anos complicados, mas ela voltou com força total”, destaca.
Todas as competições oferecidas na festa têm histórico e motivo para estarem lá. A serra e o machado, por exemplo, foram muito utilizados pelos colonizadores. Já a salsicha e o chope fazem parte da culinária germânica. A corrida do barril utiliza o barril em que é guardado o chope.
Já o cabo de guerra germânico era uma brincadeira feita pelos imigrantes dentro dos barcos que vieram para o Brasil como uma forma de entreter as crianças. “Assim como a corrida do saco e corrida do ovo, todas vieram com os navios e os colonizadores”, explica Selvino.
Para esse ano, a dupla admite ter ficado preocupada com o futuro dos Serradores de Pomerode, já que precisavam de integrantes jovens para dar sequência às competições típicas.
“Hoje em dia, arrumar pessoas mais jovens e com responsabilidade não é fácil, mas conseguimos duas pérolas. O Neny [da conta do Instagram Neny da Colônia], de 22 anos, sério, responsável, toca o terror em cima do palco, é de confiança, e o nosso ‘pupilinho’, mascote, o Carlos Beck. Estamos muito felizes de estarmos renovando, o meu filho também está vindo aí, para conseguirmos ter certeza de que terá continuidade no trabalho”, finaliza Ronald.