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Uma aliada na recuperação pós mastectomia

Fisioterapeuta explica como o uso da ‘Luva’ beneficia pacientes que lidam com o inchaço

Foto: Arquivo pessoal
Luva: Milene e paciente Hana realizando procedimento.

Passar por um câncer afeta diretamente a autoestima de todos que enfrentam essa doença. No caso das mulheres que tiveram que realizar a mastectomia (retirada das mamas), os desafios após o procedimento são vários. Um deles é o linfedema, caracterizado por um acúmulo de líquidos, principalmente nos braços, em razão do bloqueio de vasos linfáticos, o que causa inchaço e peso nesse local.

Com o objetivo de ajudar as pacientes no enfrentamento a mais esse desafio, a Rede Feminina de Combate ao Câncer de Pomerode (RFCC) disponibiliza a Luva, um aparelho de compressão pneumática que auxilia no processo de drenagem, ativando o retorno linfático. A responsável por realizar o procedimento é a voluntária e fisioterapeuta, Milene Karsten.

A profissional trabalha na Rede há um ano e três meses e conta que o motivo de aderir ao voluntariado foi o resultado de um misto de sentimentos. “Eu sempre procurei ajudar os outros dentro das minhas possibilidades. Gosto de conversar, de estar em contato com pessoas. Na Rede Feminina consigo aliar a minha profissão aos atendimentos com os pacientes”.

O procedimento da Luva é realizado uma vez por semana, quando Milene está atendendo na sede. Sua principal tarefa é levar informação, orientação e acolhimento. Além disso, ela também auxilia no setor educacional e no brechó.

Milene conta que algumas pacientes chegam até ela fragilizadas, sem noção do que fazer. “Muitas vezes elas querem colocar uma blusa, mas com o braço inchado, a manga não entra. E assim vamos trabalhando com o corpo (físico) e com a autoestima delas”.


Arquivo pessoal /Rede Feminina: Milene com a camisa comemorativa dos 20 anos.

Ela explica quais são os passos para o atendimento. Primeiro a paciente chega até a Rede Feminina através de encaminhamento médico. Em seguida, é feita uma avalição pela fisioterapeuta, que passa as orientações e informações sobre o procedimento. “Cada uma precisa de um determinado tempo. Varia também a intensidade do aparelho. Sempre realizo a medição do braço antes e depois da Luva, fazendo o registro”, conta.

Durante a pandemia, o tratamento teve que ser pausado, já que as pacientes são consideradas do grupo de risco. “A imunidade delas é delicada e temos que zelar pela saúde”, explica a fisioterapeuta.

No entanto, tiveram apoio de formas diferentes. “Eu estava sempre em contato com todos por telefone, mensagem ou chamada de vídeo, orientando e me colocando à disposição para qualquer coisa”.

Além da Luva, a Rede Feminina de Pomerode ajuda os pacientes de outras formas, como o empréstimo de perucas, cadeiras de rodas e andadores; doação de próteses mamárias, gorros, lenços de cabelo e pescoço; visitas domiciliares; realização do preventivo e palpação das mamas; entre outras. Todos os procedimentos são realizados de forma gratuita para a comunidade.

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