Rosita e Edi contam sobre as novas experiências vividas na melhor idade

Orgulho: Rosita superou desafios aos 69 anos.
Nunca é tarde para conhecer diferentes hábitos, experimentar desafios ou se realizar por meio de novas experiências. O que você já deixou de fazer por acreditar ser tarde demais? Valeu a pena não realizar um sonho por esse motivo? A vida passa rápido e o conselho que fica é aproveitar cada segundo dela.
Rosita Jung seguiu essa sugestão e fez sua primeira tatuagem em março de 2020, com 69 anos. A artista plástica conta que sempre gostou do diferente, usava tererê no cabelo e fazia tatuagem de henna quando viajava para o Nordeste. “Pena que nasci muito cedo”, brinca, de forma espirituosa.
Ela explica que sempre teve vontade de fazer uma tatuagem, sua família e amigos lhe deram a maior força e gostaram do resultado. “Pode ser que algumas pessoas pensem ser ridículo fazer tatuagem na minha idade, mas a idade não são apenas números, é ser jovial e dona das suas vontades”, destaca.
A tatuagem escolhida foi uma andorinha, feita nas costas, na altura da escápula. Ela explica que, como é ruiva e tem sardas, escolheu por estética, “apesar de achar as tatuagens tribais muito lindas também”, completa.
Há muitos anos, Rosita fez maquiagem definitiva, porém sempre teve receio com a tatuagem. “Fiquei um pouco impressionada pelo fato de ficar muito tempo na mesma posição para dar conforto e firmeza para o tatuador”, explica.
Por motivos pessoais, ela não conseguiu finalizar a tatuagem no mesmo dia, faltando uma asa da andorinha, porém não desistiu. “Muito decidida voltei no outro dia para concluir”, conta orgulhosa.
Douglas Zwang /Pássaro: andorinha escolhida por Rosita.
Rosita não pretende fazer uma nova tatuagem, mas destaca que, para qualquer pessoa que queira uma marca, um diferencial, é uma ótima opção. “Apesar de eu já ser diferente por causa das sardas”, brinca. Além disso, diz ter ficado muito contente e, principalmente, realizada com o resultado.
Quem também enfrentou desafios foi a Edi Kuosinski, de 60 anos, que começou a praticar yoga há três anos. Por alguns problemas na coluna, o médico indicou a realização de alguma atividade que utilizasse muitos alongamentos. Como já conhecia sua atual professora, marcou uma aula experimental de yoga. “No começo foi tudo muito estranho, principalmente fazer os exercícios, mas como o médico havia indicado, resolvi fazer e me apaixonei”, pontua.
Devido ao problema na coluna, realizar as invertidas (postura em que a cabeça fica para baixo e as pernas para o alto) é o maior desafio, pois necessita de muita força na cervical. Muito além dos limites a superar, Edi ressalta os lados positivos da prática: “São vários benefícios, como aprender a respirar, a cuidar de mim, ter a mente mais tranquila, ter equilíbrio, força e foco. E, principalmente, estar presente aqui e agora, como a minha professora diz”.
Antes da pandemia, ela ia ao estúdio uma vez por semana, porém, agora, realiza as aulas de forme online de duas a três vezes. E engana-se quem acha que essa é a única atividade física praticada por Edi. Ela também anda de bicicleta quatro vezes por semana, indo e voltando do trabalho, totalizando 1h por dia. “Antes da pandemia praticava hidroginástica e também exercícios de ginástica”, completa.
Carlos Kuosinski /Movimentos: posições feitas por Edi na Yoga.
Edi se considera ativa e se dedica ao máximo quando faz yoga, pois diz ter mudado o modo de enxergar o ser humano. “Cada pessoa é única e temos que cuidar do nosso corpo, nos alongando, exercitando e equilibrando os chacras”, ressalta.
Hoje, ela se acostumou com as práticas e, quando não faz yoga sente muita falta, pois descobriu alongamentos que auxiliaram muito com as dores e também a ensinaram a corrigir a postura. “Já tentei parar, mas sinto falta e retorno”. Ela ainda completa: “Sempre faço com muita energia, só gratidão com os benefícios”.
Rosita e Edi. Tatuagem e yoga. Duas histórias diferentes, mas com o mesmo sentido: elas aprenderam, na melhor idade, novas experiências que transformaram suas vidas. Por isso, não perca tempo e faça o que você quiser, quando quiser. A vida é curta, então aproveite para vivê-la intensamente.
Imagens
Foto: Carlos Kuosinski
Movimentos: posições feitas por Edi na Yoga.Foto: Arquivo pessoal
Orgulho: Rosita superou desafios aos 69 anos.Foto: Douglas Zwang
Pássaro: andorinha escolhida por Rosita.