Ainda que não seja a principal atividade econômica de Pomerode, a agricultura é responsável pela ocupação de 10% da mão-de-obra. A grande maioria das propriedades é formada por pequenos produtores. Entre eles, está Edeltraud Hang, conhecida carinhosamente por Traud, que se dedica a várias culturas, mas, principalmente, ao milho crioulo, muito utilizado na gastronomia.
Traud tem uma propriedade no bairro Wunderwald e trabalha com tubérculos, grãos, verduras e frutas. O milho plantado é para consumo próprio, venda para terceiros e também para a produção de pães caseiros que fazem muito sucesso.
O trabalho é quase 100% manual, com semeadura, capina, colheita e debulha. “Priorizo a produção sem agrotóxico e manejo sustentável. Por isso, dá um pouco mais de trabalho”, explica. São duas colheitas anuais, mas a quantidade é muito variada. Ela explica que o maior influenciador é o clima. Quanto mais quente, melhor a colheita. O ideal é plantar no verão para colher no outono. A agricultora mora há seis anos em Pomerode e, desde o início, conta com o apoio da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural (Epagri).
Traud conta que cresceu na roça e ser agricultora, na atualidade, é voltar às origens. Na juventude, trabalhou em outros setores, mas, depois de se aposentar, resolveu voltar a plantar. O marido continua na ativa, mas nos fins de semana ajuda com os pequenos reparos.
Vovó de três netas e com duas filhas, Traud diz sentir-se realizada e muito orgulhosa da sua trajetória. Mais feliz ainda em cuidar de todo o cultivo.