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Quando o coração de mãe também é voluntário

Asta Gustmann faz parte da história do Corpo de Bombeiros de Pomerode

A “mãe dos bombeiros”, como é carinhosamente chamada Asta Gustmann, 60 anos, diz com emoção que a corporação a salvou, duas vezes, dando muito mais do que ela jamais poderia retribuir. “Há alguns anos tive um AVC e, somente pela insistência deles, fui transferida rapidamente para um hospital em Blumenau, onde pude fazer a tomografia e receber o medicamento necessário a tempo. E a segunda vez foi porque queria me recuperar rapidamente para voltar a desempenhar meu trabalho com eles.

Ter um objetivo nos mantém vivos”, declara.
O filho da Asta, Jonathan, 38 anos, é bombeiro voluntário há 14 anos e às vezes ela o acompanhava. Até que um dia, muito emocionado, ele teve que tocar a sirene quando morreu o subcomandante Ildomar Ittner. Ela sentiu essa emoção e ali decidiu que ajudaria a corporação.

Asta já começou participando da organização da primeira feijoada dos bombeiros. “Ajudei na cozinha e a servir. Nas próximas, já comecei a ajudar com a arrecadação de alimentos e não parei mais”, conta. Com isso, ela foi se envolvendo com os trabalhos e participando de cursos, cozinhando para eles quando é necessário. Até na central, ela já atendeu a pedidos de socorro. “Eu moro perto e ajudo com o que eles precisarem. Cada vez que ouço as sirenes, faço uma oração para que Deus proteja os bombeiros”, afirma.

Mas o trabalho principal de Asta junto aos 80 bombeiros da corporação é o de apoio emocional. Ela está sempre pronta para dar um abraço, uma palavra de consolo e um colo.

Asta lembra com emoção de quando um bombeiro novato teve que atender o seu primeiro óbito e ficou muito impactado porque foi um assassinato. “Eles são muito jovens e demoram para aprender que há muitas alegrias na vida de um bombeiro, quando salvam alguém, mas também há as perdas”, relata.
Asta revela que depois que teve um AVC isquêmico hemorrágico aprendeu muitas coisas, mas, principalmente, a valorizar as pequenas ações e a ter tempo, nem que seja para dar um bom dia a alguém. E é isso que procura passar adiante.

Tanto carinho é retribuído pelos bombeiros. No dia 07 de janeiro, Asta fez aniversário e foi convidada por eles para tomar um café diferente na corporação. Além disso, já recebeu um certificado de gratificação pelos serviços prestados todos esses anos.
Para Asta, cada bombeiro é como se fosse seu filho, tanto que se preocupa com todos. “Só tenho a agradecer a confiança deles no meu trabalho e na minha dedicação. Espero continuar ainda muito tempo podendo ajudá-los. Tenho muito orgulho e gratidão por eles.” A “mãe dos bombeiros” não se furta de agradecer todos os comerciantes, pequenos ou grandes, que estão sempre dispostos a ajudar quando ela os procura pedindo ajuda para a feijoada. “Cada pacotinho que dão faz a diferença. E o que não é usado na feijoada, vendemos no bazar. Muito obrigada a todos.”

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