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Os desafios e alegrias de ser uma Família Acolhedora

O serviço começou a ser oferecido em Pomerode recentemente

Foto: Arquivo pessoal
Família: Cris e Alexandro com seus quatro filhos.

O objetivo da Família Acolhedora é receber crianças e adolescentes afastados do convívio familiar por medida de proteção, em função de abandono ou pelo fato da família se encontrar temporariamente impossibilitada de cumprir suas funções de cuidado e proteção.

No período que a criança ou adolescente está em uma casa de Família Acolhedora, são realizados esforços visando o retorno ao lar de origem, com a família extensa ou pessoas significativas e, caso não seja possível, o encaminhamento para adoção.

Esse é o caso da Cris de Sá, de 39 anos, e do Alexandro Rodrigo de Sá, de 43 anos. Desde o início do projeto em Pomerode, o casal decidiu, junto com os quatro filhos, se tornar uma Família Acolhedora. “Primeiro recebi a divulgação do Serviço de vários meios diferentes, então conversei com o Lê sobre a ideia de fazermos parte, afinal, temos quatro filhos, mais os amigos, amamos uma casa cheia dessa galerinha”, comenta Cris.

Para tirar as dúvidas e entender como funcionaria, o casal conversou com o coordenador do serviço de acolhimento familiar de Pomerode, Tiago Cardozo. “Depois de falar com o Thiago, conversamos com nossos filhos sobre a possibilidade de recebermos crianças e/ou adolescentes acolhidos, explicamos o que seria uma Família Acolhedora e o que achavam de nos tornarmos uma”, explica.

Em seguida, Cris e Alexandro passaram por mais uma reunião, agora com as famílias já inscritas, como uma oportunidade de conhecer ainda mais detelahes sobre serviço. Na volta para casa, discutiram novamente com as crianças e tiveram o aceite de todos. “Demos o ‘ok’ final ao Tiago. Mesmo ele já nos considerando como integrantes do serviço, foi nosso sim”.

Até o momento, não houve a necessidade de acolhimento, o que para Cris é algo positivo, considerando que, se não foram “acionados” significa que não há nenhuma criança/adolescente precisando do serviço. “Quando formos chamados, nossos corações estão abertos para acolher, proteger e cuidar”, completa. Além disso, a família já apadrinhou algumas crianças. “Ficamos imensamente felizes em receber, e já são parte da nossa família também”.

Segundo Cris, o processo pode ser bastante desafiador, necessitando de muito amor, cuidado, paciência, carinho e a construção de um relacionamento que transmita segurança. Mas, o maior empecilho, para a grande maioria, é a perda do vínculo com essa criança/adolescente após o acolhimento.

O casal pensou muito nesse fator, em como seria quando ela (e) tivesse que partir. “E algo sempre nos tocou, desde o início, adotar não é uma opção para nós, até já passou pela cabeça, mas não é uma opção. Porém, acolher, com certeza, é algo que podemos fazer”.

Para eles, poder ajudar quem precisa já é suficiente. “E se nesse curto prazo de tempo, podemos tocar o coração de uma criança/adolescente vulnerável e, de alguma forma, fazer a diferença na vida dela, no momento em que ele (a) mais precisa, então, mesmo que possa depois doer nos separar, nós faremos, nós aceitamos participar dessa linda corrente do bem”, finaliza.

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