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O sabor da tradição

Bolachas de Natal estão entre os costumes mais adorados do período

Um costume, que foi trazido pelos imigrantes alemães que fixaram residência principalmente no Vale do Itajaí, e que continua sendo mantido pelas famílias é a produção de bolachas de Natal. Em muitas famílias alemãs, ainda é comum ver as omas, mães, filhas, netos, sobrinhos, se reunirem no primeiro Domingo de Advento para a produção de bolachas. Todo mundo ajuda e esse momento lúdico de confraternização se transforma em fornadas de deliciosas bolachas que são entregues como presente ou saboreadas nos cafés da manhã ou da tarde. Em alguns casos, elas se transformam em um negócio familiar. Assim é na casa da Cátia Inês Romig, 40 anos.

A pomerodense já trabalhou em diversos setores da economia até que um dia, há cerca de dois anos, resolveu dar uma parada para pensar no que realmente sabia fazer e o que a realizaria. Quando se deu esse tempo, lembrou das tardes gostosas ao lado da Oma e de como apreciava fazer bolachas. De posse da receita da família, no mesmo dia, resolveu fazer quatro quilos de bolachas que uma de suas duas filhas, Kamylla Emanuele Taborda, na época com 10 anos, disse para a mãe que iria oferecer para os vizinhos. “Ela vendeu tudo muito rápido. Então no outro dia dobrei a quantidade e aconteceu a mesma coisa. No terceiro dia tripliquei a receita e sai de carro oferecendo as bolachas de porta em porta. Ali descobri qual era a minha missão”, conta.

Teste sua habilidade: Confira uma deliciosa receita de bolacha de Natal. / Foto: Arquivo pessoal

Chamou uma amiga e criaram a Sussi Liebe (Amo Doce) que, atualmente, produz de forma totalmente artesanal cerca de 50 quilos de bolachas por dia. “Os turistas gostam tanto que recebemos pedidos para enviar pelo Correio, de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais. É uma realização”, declara.

A atividade garante o sustento da família da Cátia, que tem duas filhas, a Kamylla, e a Kauane Adrielli Taborda, 17 anos. Para agradecer tudo que tem dado certo na vida, ela faz doações periódicas de bolachas para instituições e quando alguém pede para ajudar famílias em dificuldade.

Infelizmente, a tradição está sendo esquecida, mas, se depender de Cátia, as pessoas ainda vão saborear os mais de 18 tipos de bolachas por muito tempo. Cátia é uma típica alemã que só aprendeu a falar o português aos seis anos de idade. Até então, só falavam alemão na sua casa. “Desde criança faço bolachas e fico muito feliz em ver que consegui transformar a tradição em um negócio rentável e que me realiza”, finaliza.

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