Catia Manske fala sobre sua jornada como filha, mãe, esposa, empreendedora e voluntária
Por Redação TN

Sempre o melhor: para Catia Cilene Kraft Manske, a dedicação de corpo e alma foi o principal ingrediente de sua jornada.
A dedicação, o trabalho em equipe, o espírito empreendedor e o apreço pela família acompanham a empreendedora, voluntária, esposa e mãe, Catia Cilene Kraft Manske, de 47 anos, desde a infância. Qualidades essas que foram se fortalecendo com o passar do tempo e com as lições aprendidas.
Catia conta que sua jornada profissional começou cedo, ainda na infância, quando ela e os irmãos, no contraturno escolar, ajudavam na costura de calçados, serviço terceirizado que era ofertado para algumas famílias da cidade através da indústria de calçados da região. “Além de auxiliar na renda, rendia horas em família, de ocupação sadia e de encontro de colegas que nos ajudavam a cumprir a tarefa para podermos ter um tempinho para brincar em grupo. O trabalho em equipe foi alicerçado naquela época”, pontua.
O incentivo ao envolvimento com o voluntariado também iniciou naquela época quando Catia e os irmãos eram incentivados a contribuir com grupos e trabalhos que visavam o bem da comunidade, esse ensinamento se perpetuou e impacta a vida dela até hoje. “E foi com esta concepção que, ao longo da minha jornada, sempre houve grandes oportunidades para atuar no que eu chamo de ‘servir’. Desde o meu primeiro emprego oficial como copeira no hospital da nossa cidade, onde hoje atuo com muito orgulho como voluntaria junto ao Conselho da Diretoria, até a minha profissão como advogada”, contextualiza.
Voltando a falar sobre a vida profissional, Catia conta que aos 19 anos, juntamente com o namorado e atual esposo, fundou a primeira empresa no segmento de semi-joias. Em 1995, com as mudanças de mercado e o ingresso do plano real, ambos optaram por direcionar a vida profissional à área de formação, “sendo meu esposo Contador e eu Economista. Assim, em abril de 1995, foi fundada a Manske Assessoria Contábil”.
Seis anos mais tarde, com a atuação no escritório de contabilidade e outros negócios que foram idealizados junto com a família no setor de combustíveis, Catia percebeu a necessidade de adquirir mais conhecimentos no âmbito jurídico, o que a fez voltar aos corredores da universidade. Foi em 2009 que ela abriu o próprio escritório para atuar na área: Manske Advocacia.
Com a jornada intensa, surge a necessidade de encontrar válvulas de escape. Além da família e das atividades voluntárias, a empresária e advogada encontrou essa possibilidade em mais um ramo de atuação. “O turismo é encantador. As pessoas vêm para cidade trazendo alegrias, bem-estar, eles têm sede por conhecer nossa história”, descreve.
Em 2012, ela e a família investiram num imóvel e, após diversas ideias, o projeto aprovado em conjunto foi de construir uma pousada. “A iniciativa deu certo e hoje a Pousada Edelweiss é meu refúgio depois de longas e intensas horas nos demais negócios que envolvem o mundo jurídico. Foi lá que conheci lugares sem sequer ter saído do meu espaço. Viagens e viagens reveladas em conversas através de quem busca em Pomerode o resgate cultural que estava adormecido, inclusive por mim e minha família.”
Esse desejo deu vida a outro projeto que contribui com o desenvolvimento local. Catia conta ter percebido que na região, desde Testo Salto até Testo Central Alto, Vale do Selke, Vale do Selke Grande, Ribeirão Souto e Ribeirão Luebke, que são as regiões do entorno da Pousada Edelweiss, há muito potencial, além de muita história e belezas singulares, “pontos que mereciam ser explorados para difundir o conhecimento sobre os pomeranos”.
Arquivo Testo Notícias/A caráter: Catia durante um dos desfiles da Festa Pomerana, representando a Rota do Imigrante.
Com esse conhecimento em mente e mais o relato dos hóspedes de que as atrações de Pomerode se concentravam no Centro da Cidade, nove quilômetros distante da pousada, a empresária, em parceria com uma colega que possui um restaurante na região, deram início a uma associação que pouco depois se transformou em uma rota turística. “Contamos com a parceria de empreendedores que assumiram com afinco o desafio, recebemos apoio da Associação Visite Pomerode, do Sebrae e também da Prefeitura Municipal. E assim, em junho de 2018, foi fundada a Rota do Imigrante, que contempla mais de 20 associados desde a área gastronômica, de vestuário, de lazer e cultura, bem como de hospedagem. Apesar da pandemia, o que faz com que andemos em passos mais lentos, a Rota vem sendo vista e reconhecida”, conta.
Com tantas áreas de atuação, Cátia destaca que “no caminho, nada acontece sozinho. Sempre temos bons braços, pessoas que nos acompanham, nos seguram nos momentos de maior peso e intensidade das coisas, o que faz diminuir a carga do desafio assumido”. Nesse sentido, ela agradece especialmente a Deus, ao esposo “que é um grande amigo e incentivador”, aos filhos, familiares, amigos e também à equipe de funcionários e pessoas que compõe os negócios da família e os núcleos onde atua como voluntária.
Á pergunta que faz a si mesma muitas vezes é: o que estou fazendo faz alguma diferença? Catia formulou uma resposta que pode ser tomada como um incentivo por todos que empreendem ou se dedicam ao voluntariado. “Ainda que imperceptíveis para quem não se envolve, em inúmeras vezes essas ações causaram mudanças, o que por si são de grande valia. Jamais atuei com pensamento de exclusão ou menos importante que o sexo masculino. E as mulheres têm se feito presente, causando impacto e desenvolvimento, o que é um orgulho para todas. E com isto, posso dizer, faça o melhor possível, ainda que não perceptível aos olhos dos outros. O mundo agradece! As mulheres já conquistaram o seu espaço.”
Para encerrar, Catia deixa uma mensagem especial às mulheres. “Que cada vez mais elas se sintam valorizadas, honradas e respeitadas independente da função que exercerem na sua vida. Não faz a menor diferença se seu nome aparece ou não no que está fazendo parte, mas que o resultado possa servir para alguém. Eu sou filha e nora de donas de casas e tenho certeza que fizeram muita diferença positiva em nossas vidas! Muito Orgulho delas!”