Eles se conheceram há mais de 50 anos em um baile no antigo Salão Progresso. Nilsa e Valmor Siewert já tinham se visto de longe, mas foi naquela ocasião que se encontraram, dançaram algumas músicas e tiveram a oportunidade de conversar. “No fim do baile, eu a levei, de lambreta, para a casa da família onde ela trabalhava”, relembra Valmor.
Depois daquele dia, não demorou muito para que os dois decidissem engatar o namoro. Passado pouco mais de um ano, foi a vez do casal firmar a data do enlace matrimonial: 22 de abril. Após a celebração, os convidados foram recepcionados na casa enxaimel dos pais de Valmor, construção que hoje já não existe mais. “Não fizemos muita festa e a comemoração foi sem música, porque infelizmente tínhamos perdido o meu sogro há pouco tempo”, conta Valmor.
O primeiro lar dos recém-casados foi a mesma casa que abrigou a celebração de casamento, mas logo Valmor e Nilsa decidiram que era hora de terem o próprio cantinho. “Descobrimos que tinha uma casa de madeira para desmanche à venda na Itoupava, em Blumenau. Fomos até lá para ver e resolvemos comprar para desmontar e depois reconstrui-la aqui em Pomerode.”
Aquela foi a casa da família por muitos anos até que, como o casal mesmo revela entre sorrisos, os cupins quase a carregarem embora. Com muito trabalho e dedicação, conseguiram substituir a estrutura por uma construção de alvenaria, residência da família até hoje.
O amor de Valmor e Nilsa também floresceu, o casal teve três filhos (Gerson, Tânia e Gilson) e hoje são também quatro netos. “Agora aguardamos ansiosos pela vinda do nosso primeiro bisneto”, assegura a matriarca da família Siewert.
Casal unido na vida em família, no trabalho, no amor pela dança e pelos clubes de caça e tiro. Por muitos anos, fizeram parte da diretoria do Clube Desportivo Testo Central Alto, antigo Salão Luedtke, ele na organização dos eventos e ela na cozinha, preparando deliciosos pratos. Atualmente, além do Clube Testo Central Alto, também são sócios do Clube Progresso.
O desejo dos dois para o ano em que as Bodas de Ouro foram comemoradas é que aos poucos possam retomar a rotina que tinham antes da pandemia. “Perdemos algumas pessoas queridas para a doença. Agora, queremos que, aos poucos, possamos voltar a ver nossos amigos e que possamos ter, em primeiro lugar, saúde.”
As bodas foram comemoradas na sexta-feira, 22 de abril, em uma celebração para os familiares e amigos próximos feita na casa da família. Cada detalhe foi pensado com muito carinho pelo casal, que contou com a ajudinha dos filhos, das noras e do genro para que a data fosse inesquecível. “Acredito que todos os anos temos que comemorar as nossas bodas e a união que mantemos sempre forte. Temos o sonho de completar ainda muitas bodas juntos.”
E os ingredientes para o casamento durar por tantos anos estão na ponta da língua: amor, companheirismo e doses extras de respeito. “Namoramos, construímos a vida, fizemos muitos amigos. Também tivemos dias em que brigamos, mas sempre nos mantivemos juntos até hoje. Naquela época, não era de costume os casais se separarem. Juntos, sempre batalhávamos para frente até a vida acabar. Hoje, tudo é muito diferente”, afirma Valmor. “Viver em paz, que não briguem e continuem juntos”, complementa Nilsa.
