Em janeiro, a música e a alegria invadem os Pavilhões da Festa Pomerana e as ruas de Pomerode. Um sentimento compartilhado também pelos alunos da Escola de Bandoneon Amigos do Fole do Centro Cultural que, acompanhados do músico e professor Rodrigo Kienen, têm realizado belíssimas apresentações em frente ao Museu Pomerano durante alguns dias desse mês.
“Cada dia são alunos diferentes que se apresentam. Ter a oportunidade de mostrar um pouco do nosso trabalho para moradores e turistas é bem gratificante, porque as pessoas param para ver os alunos tocando um instrumento como o bandoneon, que não é muito comum. O acordeon acaba sendo mais familiar para algumas pessoas, mas a junção dos dois é realmente fantástica”, afirma Rodrigo.
O projeto da Escola de Bandoneon, que tem o apoio da Prefeitura de Pomerode, surgiu há quatro anos com o intuito de resgatar o amor dos pomerodenses por um instrumento tão significativo para os imigrantes, como é o bandoneon.
“Temos aulas a semana toda, de manhã, à tarde e à noite. Quem quiser fazer uma aula, a escola está aberta. Temos alunos de todas as idades, desde o mais jovem com nove anos, até adultos, com 60 e 70 anos.”
Uma paixão pelo instrumento nutrida pela jovem Sofia Nalu Jandre, 11 anos, que é aluna da escola há dois anos. “A minha vontade de tocar o bandoneon começou inspirada pela Festa Pomerana por causa do ‘Bandoneon Wagen’, que eu adorava ver nos desfiles. Depois aqui na escola, as alunas Júlia e Maitê, sempre me inspiraram muito”, declara.
Para o professor e os alunos, a experiência de se apresentar ao ar livre é única e indescritível. “Assim, ao ar livre, com as pessoas passando, dá uma energia bem legal”, garante Sofia. “É uma forma de valorizá-los e também isso os incentiva muito”, complementa Rodrigo.
As apresentações gratuitas em frente ao Museu Pomerano iniciaram na quarta-feira, 11 de janeiro e aconteceram até o sábado, dia 14. Nesta semana foram retomadas na segunda-feira, dia 16 e seguem até o sábado, dia 21, sempre no período da tarde.
“Nosso repertório é bem variado, ficamos mais na música folclórica alemã para engrandecer a nossa cultura. Mas tocamos desde música brasileira até sucessos internacionais.”
