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Irmã doa rim e garante uma nova chance a morador de Pomerode

Márcio Rogério Kopsch e Susan Elaine Kopsch contam em vídeo sobre a cirurgia e recuperação

A chance de um recomeço e de uma rotina longe das máquinas de hemodiálise. Era justamente por isso que Márcio Rogério Kopsch, de 51 anos, ansiava há cerca de quatro anos, desde que descobriu a doença renal crônica.

Após o diagnóstico os rins dele entraram em falência, então ele viu sua vida tomar um rumo totalmente diferente. Precisou deixar de trabalha e passou a ficar quatro horas, três vezes por semana, ligado a um máquina para realizar a hemodiálise.

Márcio jamais perdeu a fé e deu uma lição de força de vontade. Durante a caminhada, ele tornou-se exemplo para quem também travava a mesma batalha, pois, para poder entrar para a Fila de Transplantes, precisou deixar a obesidade para trás e perdeu, sem ajuda de medicamentos, 52 Kg.

Ele aguardava pela notícia de que havia um órgão compatível quando, há cerca de um ano e meio, teve uma piora significativa do quadro. Foi então que a irmã, Susan Elaine Kopsch, iniciou uma bateria de exames para saber se poderia doar um rim para Márcio.

Após mais de um ano de investigação clínica, que englobava tantoa a compatibilidade entre eles quanto o quadro geral da saúde de ambos, houve a confirmação de que o transplante poderia acontecer.

“Foi a maior alegria. Quatro anos é muito tempo, a hemodiálise é difícil e você precisa ter muita fé”, conta Márcio.

Susan destaca que o irmão é um exemplo, pois sempre manteve a esperança e fez o máximo para continuar com uma rotina. Ele contou com uma força extra que surgiu quando nasceu seu neto.

Inspiração: com o nascimento do neto, Márcio ganhou mais um motivo para enfrentar a doença. Foto: Marta Rocha/Testo Notícias

Os irmãos também enaltecem a dedicação da esposa de Márcio, Carla, que ao perceber a piora na saúde do marido decidiu parar de trabalhar (já sendo aposentada) e passou a acompanhá-lo em todas as sessões de hemodiálise. “Ela sempre foi o alicerce do meu irmão”, destaca Susan. Muito emocionado, Márcio concorda: “Sempre tive muito apoio dela, o que fez toda a diferença.”

O transplante ocorreu em 24 de abril, no Hospital Santa Isabel, de Blumenau, poucos dias antes dele completar 51 anos.

Ambos já receberam alta hospitalar e se recuperam bem. Márcio conta que o objetivo agora é ter vida nova, ou melhor, recuperar muitas das atividades que foi forçado a paralisar enquanto realizava o tratamento. “Quero trabalhar novamente, sair, dançar, curtir a vida”, afirma.

Os irmãos comemoram o sucesso do transplante, mas fazem uma reflexão. “Poderiam existir mais pessoas dispostas a doar”, comentam, se referindo aos casos em que é possível realizar a doação após a morte.

Alegria: Márcio ao lado da família que sempre o apoiou. Foto: Marta Rocha/Testo Notícias

Márcio lembra que muitas pessoas com quem realizava as sessões de hemodiálise ainda aguardam por essa chance, ele também não esquece daqueles que perderam a batalha para a doença e não conseguiram um órgão a tempo, por isso, ele e a irmã pedem para que as pessoas sejam solidárias, pensem no próximo, avaliem essa possibilidade e conversem com seus familiares.

Agora, Susan poderá em breve retomar sua vida normal, apenas seguindo com o acompanhamento médico. Já Márcio ainda precisará tomar remédios por toda vida, mas com a possibilidade de retomar a alegria e viver muitas experiências ao lado da família.

Vídeo com depoimento de Márcio e Susan, feito pela Associação Renal Vida, emociona internautas:

Sobre a Renal Vida

A Associação Renal Vida, fundada em 06 de fevereiro de 2003, veio com o objetivo único de oferecer um tratamento digno para as pessoas e com o tempo a missão se expandiu a promover a saúde e melhorar a vida das pessoas.

Até pela longevidade da população, que com seus novos hábitos alimentares e de saúde, infelizmente acabam facilitando a escalada da doença renal que, nos últimos anos, tem sido reconhecida como um problema de saúde pública mundial. Segundo a Associação Brasileira dos Centros de Diálise e Transplante (ABCDT), 10% da população padece de algum tipo de doença renal crônica.

Com sedes em Blumenau, Brusque, Itajaí, Rio do sul e Timbó, a Renal Vida atende a 75 municípios catarinenses, além de realizar o acompanhamento pré e pós-transplante de vidas de todo território nacional. Superam, junto com o Hospital Santa Isabel, a marca de 2.000 transplantes renais.

São mais de 1.050 pacientes em diálise e aproximadamente 10.800 sessões de hemodiálise por mês, além da participação assistencial através dos serviços de psicologia, nutrição, farmácia e assistência social.

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