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Incentivo no esporte e cultura para um próspero futuro

Bailarina e karateca, Pamela Karsten conta com o apoio do pai nos diversos festivais e campeonatos

Quando uma criança participa de uma apresentação, o momento mais esperado é o de olhar para o público e encontrar as pessoas que ama a prestigiando. Os olhos fazem uma varredura pelo local e, quando o objetivo é localizado, o sorriso se estampa pelo rosto.

Nestes momentos, nada melhor do que poder contar com o apoio das pessoas que são tão especiais para cada um. Por isso, com o passar dos anos, esse amparo se torna cada vez mais importante. A pomerodense Pamela Letícia Dorn Karsten, de 11 anos, é uma das que pode agradecer diariamente o suporte recebido dos pais.

Quando tinha dois anos, iniciou no ballet por incentivo da mãe, Denise Dorn. Com seis anos, Pamela decidiu que também gostaria de praticar karatê. “Eu pedi para os meus pais se poderia fazer, eles concordaram e faço desde então”, conta.

Hoje, ela faz ballet três vezes por semana e karatê outras duas vezes. Além disso, recentemente, começou também a praticar atletismo e voleibol. “Ela quase não tem mais tempo, mas é o que ela ama, ela não gosta de ficar parada, é bem ativa”, explica o pai de Pamela, Fabio Luis dos Santos Karsten.

Orgulho: pai e filha após festival de ballet. FOTO: Arquivo pessoal

Na busca pelas conquistas da filha

Como dança e também é atleta, Pamela participa de muitos festivais e competições. Em 2022, por exemplo, ela foi duas vezes para São Paulo e também teve a experiência de ir para a Argentina. “Por mais que a gente sabe que ela vai com responsáveis, sempre ficamos angustiados, pensamos como ela estaria lá. A primeira vez dá um frio na barriga, mas depois acostuma”, lembra o pai.

Já com o karatê, começou a competir em 2021. Seja no mundo esportivo ou cultural, ela sempre contou com o apoio dos pais. “Sempre que possível, nós vamos juntos acompanhar. Teve um fim de semana de competição de karatê que fomos os dois dias para Joinville ver ela competindo. Passamos o sábado, voltamos à noite e domingo retornamos. Eles foram de ônibus e nós, pais, fomos de comboio atrás, eram em quatro ou cinco carros.”

Nesta vez, Pamela conquistou o primeiro lugar na sua categoria e, com isso, se classificou para a etapa nacional, que será em novembro. “Ainda não sabemos onde ocorrerá, mas a intenção é irmos ver. Se não der, sabemos que ela estará em boas mãos”, evidencia Fabio.

Em relação a essa participação ativa, ele admite que o início não foi fácil, já que teve que mudar seu comportamento quando começou a assisti-la competindo. “Eu ficava berrando na arquibancada e ela fica brava. Na última que teve, eu estava sentado, filmando, quietinho, e a Denise do lado me auxiliando a ficar quieto. Dos dois, eu que sou mais empolgado.”

Sobre isso, Pamela ri e conta seu lado da história. “Eles sempre estão me incentivando, mas às vezes é um pouco chato no karatê, porque eles gritam demais, aí não consigo escutar o técnico falando comigo. Mas eu já me acostumei e eles estão se controlando também. Gosto muito quando estão junto comigo em festivais e competições e senti falta deles em momentos que não estiveram.”

Como os ensaios do ballet são fechados, Fabio não consegue acompanhar a evolução da filha nesse quesito. Já no karatê, sempre que possível ele aparece para dar uma “espiadinha” nos treinos. “O técnico não briga muito, mas ele faz o necessário, chama a atenção. Nessas situações, temos que deixar de ser pai um pouco para ver que o sensei que está no comando naquele momento, ele sabe qual o limite e as orientações que tem que dar e é para isso que ele está lá.”

Laço paterno: Fabio participou ativamente na criação de Pamela. FOTO: Laura Sfreddo

Apoio em ambos os lados


Quando era mais novo, Fabio sempre gostou muito de correr. No entanto, por falta de incentivo e também maturidade, nunca levou isso a sério. Mesmo assim, nunca é tarde para iniciar e, há dois anos, ele começou a correr de bicicleta.

“Estou no meu segundo ano de competição e, para mim, o esporte me faz muito bem. Assim como nós a incentivamos, ela também me incentiva. Na última prova que tive, ela e a Denise foram junto comigo, em Rio dos Cedros. A Pamela está acostumada com essa muvuca, só não tem bailarinos e karatecas, mas o ambiente é parecido.”

Para ele, uma das principais responsabilidades de ser pai é incentivar os filhos com o que quiserem fazer. “Comigo, teve muitas coisas que eu queria fazer e não tive o incentivo, então o que eu puder fazer por ela eu farei.”

Foram muitos banhos, brincadeiras e parcerias vividas entre Fabio e Pamela. E, claro, também muitos aprendizados passados do pai para a filha. “Eu a incentivei a comer tangerina desde pequena, ela é viciada. De mim, ela puxou a teimosia, o gosto por esportes e o cabelo cacheado.”

Ao vê-la podendo trilhar seus próprios caminhos, Fabio enfatiza o orgulho que sente da filha. “O que ela está vivendo no ballet, no karatê e nos outros esportes é um aprendizado para a vida. Se pararmos para observar, dependemos do outro para tudo a nossa volta. Acho que ela está no caminho certo, temos que trabalhar em equipe, saber depender, corrigir e cobrar o outro. Esse aprendizado que ela está tendo é para toda a vida.”

Proibido reproduzir esse conteúdo sem a devida citação da fonte jornalística.

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