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Eternos namorados: o amor e companheirismo na construção diária do relacionamento

Em 2024, Alidor e Edeltraut Wollick completaram 60 anos de casamento

Um relacionamento baseado em confiança, dedicação e muito amor. No dia 18 de abril, Alidor e Edeltraut Wollick completaram 60 anos de casamento. Seis décadas de muitas conquistas e felicidades, mas também de perdas e desafios a serem superados.

O casal se conheceu oficialmente em uma ida para Balneário Camboriú. Na época, alguns moradores de Pomerode viajavam de ônibus para o litoral para aproveitar o dia. Durante um banho de mar, eles ficaram juntos pela primeira vez e, desde então, nunca mais se separaram. “Eu acredito que era para ser, porque eu tinha convidado uma outra menina para ir junto comigo, mas acabei não ficando com ela”, conta Alidor. A esposa completa: “Mas eu não sabia disso.”

Eles namoraram durante um ano até o pedido de casamento chegar. O noivado durou dois anos e o matrimônio foi celebrado no dia 18 de abril de 1964. “A festa não foi muito grande, éramos bem humildes, mas foi muito especial.”

Matrimônio: casamento foi no dia 18 de abril de 1964. Foto: Arquivo pessoal

No dia 31 de outubro, conseguiram se mudar para a casa construída por eles. “Era bem simples, de madeira, ficamos 32 anos lá até nos mudarmos para a casa que moramos até hoje. Nosso começo foi muito difícil, trabalhamos muito pesado, mas tínhamos que fazer isso, porque tínhamos muitas dívidas.”

Juntos, tiveram dois filhos, Gerson e Janete. “Essa é uma parte triste da nossa história. Tivemos momentos muito felizes, mas passamos por muito sofrimento também. Perdemos nosso filho quando tinha 25 anos. Foi ele quem construiu a casa que moramos hoje. Faz sete anos que a nossa neta Francielle, filha da Janete, também nos deixou. Todos chamavam ela de Barbie”, contam.

Recomeços

Recentemente, Alidor enfrentou alguns problemas de saúde, mas a esposa nunca saiu do seu lado. “No hospital, ele dizia que achava que não voltaria para casa, mas isso nunca passou pela minha cabeça. Eu sabia que ele conseguiria melhorar e que a gente comemoraria os 60 anos, e foi isso que aconteceu”, comenta a esposa de forma orgulhosa.

O casal comemorou as Bodas de Prata, Bodas de Ouro e claro que as Bodas de Diamante não passariam em branco. A festa de 60 anos de casados ocorreu no dia 21 de abril de 2024, no C.D.C Testo Central Alto. “Foi muito legal, umas 100 pessoas estiveram presentes”, comentam.

Bodas de Diamante: Alidor e Edeltraut ao lado de Janete (filha), Arnaldo (genro), Felipe (neto), Daiane (esposa de Felipe) e Mirela (bisneta). Foto: Amanda Luiza Fotografias

Sobre completarem seis décadas juntos, o casal revela o segredo: “Amor e companheirismo. Eu sempre peço que Deus olhe por nós e que fiquemos juntos por muitos anos ainda”, enfatiza Edeltraut. “O importante é ter cabeça limpa e a gente poder se movimentar”, completa o marido.

Ao olharem para trás, destacam alguns momentos mais importantes e felizes na vida deles. “O nascimento dos nossos filhos e, depois, os netos e a bisneta. Cada conquista nossa foi uma alegria.”

Com relação ao tempo juntos, admitem que alguns desentendimentos acontecem, mas que isso faz parte da convivência. “Quem diz que não briga nunca está mentindo. Às vezes, sozinho a gente quase não aguenta, em dois é mais difícil ainda”, comenta ele.

Mesmo assim, a chama do amor entre eles nunca se apagou. “Eu sempre digo que não consigo viver sem ele, quando um não vê o outro a gente já se procura. Não gostamos de sair sem o outro, porque apreciamos muito o fato de estar juntos”, destaca Edeltraut. “Uma coisa boa é que eu ainda dirijo, aí conseguimos sair juntos para dar uma volta e passear. Gosto de tudo nela, mas o que eu aprecio muito é a dedicação dela na cozinha, ela faz doces deliciosos.”

Registros: lembranças e memórias preenchem a casa do casal. Foto: Laura Sfreddo/Testo Notícias

Para um casal que está começando um relacionamento, deixam um conselho: “Tem que se amar e saber perdoar. Um tem que cuidar do outro. Tem momentos de desentendimento, mas é importante acalmar e, posteriormente, conversar e saber compreender o outro.”

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