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Esmerald Band: o Rock está em boas mãos com a nova geração

Banda pomerodense resgata toda a força do estilo musical que se perpetua através do tempo

Por muitas décadas, o rock esteve acostumado ao topo das paradas de sucesso. Apesar de perder espaço nos últimos anos, ele jamais deixou de ser adorado, inclusive pela nova geração, que agora assume o bastão para levar essa cultura musical e comportamental adiante.

Em Pomerode, a Esmerald Band tem provado que esse estilo musical está mais vivo do que nunca. Fundada entre os anos de 2021 e 2022 pelo baterista Richard Wandalen, de 20 anos, a banda possuía agora outra formação de origem.

“Após lançarmos nossa primeira música autoral, intitulada ‘Our Perfect Past’, todos os integrantes da formação original deixaram a banda para seguir em outras áreas. Contudo, não desisti. No anúncio procurando por novos integrantes, acabei conhecendo a formação atual, e hoje seguimos na ativa”, explica Richard.

Rock setentista: banda chama atenção pelo estilo. FOTO: Marcos Daniel Hülle Jandrey

E foi justamente esse anúncio que uniu ele à vocalista Cecília Isabela Meier, 20 anos, Fabricio Klock Junior, 22 anos, e John Lucas Kienolt, 21 anos. A essência da banda está no Rock setentista, época em que o Rock Psicodélico e o Hard Rock conquistavam o mundo, junto ao movimento Hippie e Flower Power no fim da década de 1960.

Além do estilo musical, outra característica que chama atenção de quem acompanha a Esmerald é a estética, também condizente à época em que ela se inspira. “Uma vez que a imagem do artista é reflexo da música que ele trás.”

Conheça os integrantes da Esmerald

Richard Wandalen – baterista

A paixão pela música e pela bateria começaram cedo. “Me lembro de gostar de ver os pratos da bateria balançarem quando tocados, assim escolhi a bateria como meu instrumento. Porém, apenas comecei a estudar efetivamente o instrumento aos 13 anos, por conta da escola e outros motivos”, conta.

Antes de fundar a Esmerald, ele tocava em outra banda junto com amigos. Porém o objetivo até então era diversão. “Me vi cansado de estar numa banda apenas com esse intuito, pois eu sempre quis estar no mundo da música de forma profissional. Então, decidi criar meu próprio projeto com esse intuito”, esclarece.

Para ele, fazer parte de uma banda de rock é expressar sua essência. “O Rock sempre foi um movimento cultural contra o conservadorismo, sempre foi sobre dizer: ‘Eu tenho o direito de ser como sou, não importa o que achem de mim’. Estar numa banda significa levar isso ao público em forma de música e dizer: ‘Ei, você não está sozinho’”, pontua.

Richard pondera que atualmente a música está extremamente capitalizada, levando ao fim as bandas e abrindo cada vez mais espaço para o artista solo e para música feita digitalmente. No entanto, ao mesmo tempo, “também estamos vendo a volta dos vinis, das bandas e da guitarra na música, e poder fazer parte desse ‘retorno do Vintage’ é muito gratificante.”

Cecília Isabela Meier – vocalista

Estudante do 8ª semestre do curso de Licenciatura em Música da FURB, trabalha como professora de música e regente de coro. Foi em agosto de 2023 que ela se deparou com um anúncio feito através de uma rede social procurando por uma vocalista. “Nunca tinha participado de uma banda de rock e me interessei em entrar para ter essa nova experiência”, conta. E foi assim que se juntou à Esmerald. Para ela, integrar a banda está relacionado a “ter personalidade e impactar o público”.

Cecília começou na música aos três anos, através de aulas de musicalização infantil. “Desde sempre foi terapêutico pra mim. Diz minha mãe que no dia em que tinha aula de musicalização era o único dia da semana que eu chegava tranquila em casa, sem chorar”.

Aos sete anos, ela começou a frequentar aulas de técnica vocal e soube que era aquilo que desejava fazer na vida. “Segui fazendo aulas de instrumentos e participando de festivais e coros até chegar aqui.”

Cecília explica que a escolha do repertório leva em conta a opinião do grupo, que sempre compartilha as sugestões em um grupo de WhatsApp. Caso todos concordem ser possível tocar e encaixar com o estilo da banda, é a vez de avaliar durante o ensaio, para saber se a música sugerida fica boa com a formação de quatro integrantes da banda e com a voz dela. “Focamos em músicas com vocalistas mulheres para combinar melhor. Se todos concordam, testamos no ensaio e se fica bom, entra para o repertório.”

Fabricio Klock Junior – violão/guitarra

Também estudante do 8º semestre do curso de Licenciatura em Música na FURB, participa da Camerata de Violões da FURB. Além disso, atua na área como professor de guitarra e violão. Além da Esmerald, juntamente com Cecília, tocam em festas infantis com a dupla Dois por Dois.

Para ele, o gosto pela música também vem desde cedo. “Lembro de assistir DVDs de shows de várias bandas de rock com meu pai. Foi nesses DVDs que conheci guitarristas que tenho como ídolos hoje em dia, como o David Gilmour da banda Pink Floyd. Para mim, a guitarra sempre foi o instrumento mais marcante e com os momentos mais memoráveis do rock, por isso despertou meu interesse. Em 2016, participei de algumas aulas de violão em grupo, lá aprendi meus primeiros acordes e melodias. Logo em 2017 comecei a fazer aulas particulares de guitarra, fiquei até o fim de 2019”, explica.

Fabricio já conhecia e seguia a banda no Instagram por conta de alguns amigos. “Quando os antigos membros saíram, eu e a Cecília vimos a postagem buscando novos membros e decidimos mandar mensagem. Depois de algumas conversas vimos que nossos gostos musicais e estilos coincidiam bastante, então, em agosto do ano passado entramos para a banda”, relembra.

Ele define que a possibilidade de fazer música com outras pessoas que compartilham do mesmo gosto musical e trazer para a região o rock setentista é muito gratificante.

John Lucas Kienolt – baixista

O último a se juntar à banda foi John, que está cursando Publicidade e Propaganda na FURB e trabalha como freelancer.

O jovem conta que sempre foi apaixonado por música e desde a infância tinha o sonho de ser um astro do rock. “Lembro muito bem de fazer ‘performances incríveis em shows para mais de 1 milhão de pessoas’ quando tinha 6 anos, como por exemplo me jogar no sofá e fingir estar sendo carregado pela plateia, sair correndo e deslizar de joelhos pelos corredores de casa com minha guitarra de brinquedo e ‘tocar’ solos de guitarra absurdos com a minha guitarra atrás das costas”, confidencia.

Ele acredita que muito disso se deva à influencia dos pais, que apesar de não serem instrumentistas, sempre foram apreciadores de musica e bastante ecléticos. “Sempre assistíamos juntos DVDs de diversas bandas que iam de Pink Floyd a Theodoro e Sampaio”, diz ele em tom de diversão.

Guitarrista há bastante tempo, decidiu se aventurar no baixo. “É um instrumento pelo qual criei interesse mais recentemente, porém sempre gostei muito de prestar atenção nas linhas de baixo das músicas. Mas sim, sempre curti mais tocar guitarra, em outra banda chamada Jolly Rogers, que fundei com meus melhores amigos da escola, era o guitarrista e posteriormente chamamos o Fafá para fazer as partes de guitarra base, foi aí que começamos nossa grande amizade”, revela.

Com o tempo, a antiga banda foi desfeita. Quando a então baixista da banda resolveu sair, Fafá perguntou a ele se topava entrar para a banda como baixista. “Aceitei sem pensar duas vezes e agora estou assumindo a baixaria da banda desde novembro de 2023. Para mim, fazer parte de uma banda de rock é tudo que sonhei desde que me conheço por gente, além de ser uma terapia.”

Para quem ainda não conhece e deseja saber mais sobre a Esmerald Band, basta procurar pelo perfil no Intsgram: @esmerald_band

Esmerald Band: a formação conta com Fabricio, Cecília, John e Richard. FOTO: Marcos Rangel Bergmann Junior

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