Atilano Prochnow ensinou aos filhos o amor pelo Bolão herdado do pai
Por: redação TN

Família Bolonista: Atilano Prochnow, ao lado da esposa Gisela e os filhos Giovan e Jonathan. FOTO: Marta Rocha
A paixão pelo Bolão, esporte de origem germânica muito comum na região, sempre fez parte da rotina da família Prochnow. Foi do patriarca, Werner Prochnow, a missão de incutir primeiro nos filhos, mais tarde nos netos e também em outros membros da família o gosto pelos arremessos das famosas bolas, que tinham como destino os nove pinos dispostos no fim da pista de madeira.
Tarefa nem sempre fácil, como conta Atilano Prochnow, um dos filhos de Werner. “É preciso muita técnica porque as bolas que arremessamos têm em média 11 quilos e nem sempre conseguimos atingir todos os pinos de uma só vez. Ganha quem conseguir derrubar mais pinos e atingir a maior pontuação entre todos os arremessos. Quanto mais o jogador se esforça, melhor é o seu resultado”, explica.
Atilano cresceu acompanhando o pai nas partidas e campeonatos de Bolão que eram realizados nos clubes de caça e tiro de Pomerode e cidades vizinhas. “Eu comecei no esporte levantando os pinos após os arremessos dos jogadores profissionais e ficava observando a técnica de cada um. Meu pai participava de um grupo que não aceitava menores de 18 anos como jogadores, por isso, ficávamos com a função de alinhar os pinos. Mas, depois das partidas oficiais eles nos deixavam treinar, geralmente era algo em torno de uma hora à uma hora e meia, enquanto nossos pais conversavam e tomavam uma cervejinha”, relembra.
Atilano jogou por muitos anos até ter que parar em função de um problema no joelho. “Mas se eu pudesse estaria jogando ainda, é algo que quando você precisa parar faz muita falta”, garante.
Antes disso, teve muito tempo para ensinar aos filhos Jonathan e Giovan a importância de manter vivos a tradição da família nos campeonatos e o amor pelo esporte. “Acho que a paixão pelo Bolão é algo que já está no nosso sangue.”
Assim como o pai, Giovan e Jonathan tiveram o primeiro contato com o Bolão acompanhando o pai durante as partidas oficiais. “Os treinos sempre aconteciam à noite, geralmente nas sextas-feiras. Então para não nos deixar sozinhos em casa, meu pai nos levava junto. Ficávamos lá olhando todos os arremessos”, conta Jonathan.
O último ano do patriarca Werner no esporte, também foi o primeiro dos netos ao lado do filho Atilano. “Ele jogou oficialmente até 2004. Mas, depois ainda acompanhava a equipe e a família nas competições. Aquele foi o ano em que nós três jogamos o nosso primeiro campeonato municipal e fomos campeões”, afirma Giovan.
Orgulhosos, os filhos de Atilano falam sobre as vitórias do avô e do pai, assim como a coleção de medalhas guardada em casa e todos os ensinamentos compartilhados. “Meu pai sempre foi muito rigoroso conosco nos campeonatos. Em contrapartida, sempre foi a nossa maior inspiração”, declara Giovan. “Costumávamos brincar que existia uma disputa entre nós três, para ver quem ganhava e quem era o melhor. Mas era algo muito bom, porque nos fazia querer melhorar cada vez mais no esporte”, complementa Jonathan.
Juntos e ao lado da mãe Gisela, que também é bolonista, a família Prochnow guarda com carinho cada lembrança dos 12 títulos conquistados em Campeonatos de Integração em 16 anos de disputas com a equipe do Clube. Além disso, ganharam seis edições da Copa Pomerode e garantiram a melhor colocação em cinco Olimpíadas entre Clubes (Oliclubes) em nove anos de competições. “Esse é um esporte muito legal em que realmente há a integração entre as equipes adversárias, você não vê brigas ou desrespeito na cancha como em outras modalidades”, assegura Atilano.
Pai e filhos aguardam, agora, a retomada dos treinos e também das competições que foram pausadas em função das restrições causadas pelo coronavírus. “Sonhamos com o dia em que veremos as canchas cheias novamente e a retomada do Bolão pelos mais jovens. Este não é apenas um esporte, mas são os amigos que fazemos pelo caminho. Acredito que isso seja mais importante que o próprio esporte”, reitera Jonathan.
Já para aqueles que o apresentaram o Bolão, o sentimento é de muito carinho e gratidão. “Nós temos um verdadeiro paizão, sempre fomos unidos e não apenas no esporte. Nossa família é daquelas que sabemos que poderemos contar em todas as horas, um sempre vai estar lá, para ajudar e incentivar, independente da situação”, finaliza Giovan.
Imagens
Foto: Marta Rocha/Testo notícias
Herança: família Prochnow tem orgulho em manter uma tradição herdada do patriarca, o Sr. Werner. FOTO: Arquivo pessoalFoto: Marta Rocha/Testo notícias
Além das canchas: Giovan e Jonathan garantem que a paixão pelo Bolão herdada do pai é algo que sempre será mantido. FOTO: Marta Rocha
Família Bolonista: Atilano Prochnow, ao lado da esposa Gisela e os filhos Giovan e Jonathan. FOTO: Marta Rocha