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“Doe com coragem e sem medo de ser feliz”

Professor de Pomerode contabiliza mais de 40 doações de sangue

Há mais de 20 anos, Artur Gewehr decidiu doar sangue pela primeira vez na vida. No entanto, diferente do ditado “sorte de principiante”, a experiência não foi tão boa quanto imaginava. “Eles furaram um dos meus braços para iniciar a doação, mas não estava saindo sangue. Furaram o outro braço e a mesma coisa aconteceu. Me pediram se poderiam tentar mais uma vez, mas aí eu disse que não e desisti”, lembra.

Depois de quase um ano, o desejo voltou à tona e decidiu tentar outra vez. Artur conseguiu realizar a doação, mas o sangue ainda demorava muito para sair. “Depois de umas três doações, teve uma enfermeira que teve um ‘estalo’ e me disse para que, antes de ir fazer a doação, eu tomasse bastante líquido para a pressão das veias aumentar e o sangue começar a circular mais rápido. Na doação seguinte, o que durava nove minutos passou para cinco.”

Os anos foram passando, a quantidade de doações também e, até novembro de 2023, Artur já havia feito 44 doações de sangue. “Vou doar até o Hemosc [Hemocentro de Santa Catarina] me dizer que não posso mais por questão da idade”, enfatiza.

O objetivo, agora, é chegar a marca de 100 doações. Recentemente, Artur também iniciou a doação de plaquetas e hemácias por aférese. Neste processo, a máquina capta o sangue, realiza o processo de separação das plaquetas e/ou hemácias e os demais componentes do sangue são devolvidos ao doador. “Se eu pudesse, doava de semana em semana, mas precisamos seguir as orientações do Hemosc. Na doação de sangue total, para homens, precisa ter a janela de dois meses entre uma e outra. Já na doação de plaquetas e hemácias, posso doar de 15 em 15 dias”, explica.

Professor atuante em Pomerode, ele expõe que um dos principais motivos de estar dando aulas na cidade é por conta da doação de sangue. “Existe uma lei que garante isenção do pagamento da taxa de inscrição em determinados concursos públicos para doadores regulares de sangue. No fim de 2015, eu fiz o concurso para o município de Pomerode, fui chamado em 2016. Naquele ano, eu economizei cerca de R$ 1.500 de inscrições em concurso público só por causa das doações”, destaca.

Sobre poder ajudar o próximo, ele conta ser uma grande responsabilidade. “É um sangue anônimo, não sabemos para quem vai. Por vezes, a pessoa só quer viver e, para isso, ela precisa desse sangue. Eu sinto muita alegria, sinto como se fosse uma questão moral mesmo, se eu posso ajudar o próximo, por que não fazer?”.

Para quem quer começar a doar sangue, ele deixa um recado. “Doar sangue é doar vida. Doe com coragem e sem medo de ser feliz. É uma alegria saber que uma pessoa pode caminhar na rua por ter recebido teu sangue, que pode estar viva por causa da sua doação.”

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