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De bicicleta, uma forma diferente de ver Pomerode

Sérgio Gavlik Kava conta como começou a pedalar e as experiências vividas com sua bike

Elas são figuras diárias e muito conhecidas de quem mora em Pomerode. As bicicletas despontam como um instrumento para aqueles que gostam de aventura e ousam pedalar pelas trilhas e estradões do município, um dos locais do Circuito do Vale Europeu mais procurados para a prática. Mas as magrelinhas também caíram no gosto dos moradores, muito usadas no dia a dia, para quem se desloca para o trabalho, escola ou lazer.

O policial militar, Sérgio Gavlik Kava, é um dos ciclistas que fazem questão de usar a bicicleta sempre que possível para o deslocamento de casa até o trabalho, um percurso de 11 quilômetros feito em média em 30 minutos, por pelo menos três vezes na semana. “Eu uso a minha bike como hobby e como transporte, sempre que posso, eu pedalo. Quando consigo conciliar, gosto de ir pedalando para o trabalho, em um dia faço 22 quilômetros somando a ida e a volta.”

Kava aprendeu a andar de bicicleta quando já tinha 16 anos. E, um tempo depois, teve condições de comprar aquela que seria a sua primeira parceira de pedal.  “Minha família era grande e morava no interior. Então quando nós éramos pequenos, nossos pais não tinham condição de comprar uma bicicleta para nós. Eu só consegui comprar minha primeira bicicleta já adulto e, inclusive na época minha mãe me deu metade do valor. Cerca de alguns meses depois minha casa foi furtada e levaram a bicicleta”, relembra.

Ele conta que aquela bike em questão era uma barra circular, da marca Monark. Logo em seguida, juntou um dinheiro para comprar uma nova bicicleta simples de 12 marchas. “Pedalei aquela bicicleta por muitos anos, até que minha mãe e meus irmãos me presentearam com essa bike aro 29 que é o meu xodó, não pretendo me desfazer dela tão cedo”, garante.

Além de usar a bicicleta para chegar ao trabalho, Kava costuma pedalar nos fins de semana com a esposa e os filhos. “Minha rotina é muito corrida, então não consigo participar de grupos e pedalar para lugares distantes, mas, com as belezas da cidade, isso nem é necessário. Tanta gente vem pedalar aqui por conta delas, porque iria andar de bicicleta fora?”, indaga.

O policial militar é categórico em dizer que muitos são os benefícios do uso da bicicleta no seu dia a dia, que vão muito além do condicionamento físico. “É a oportunidade que temos de olhar a cidade por outro ângulo, você ganha saúde e, claro, acaba gerando economia. É um muito sustentável também e eu entendo que como cidadão nós devemos fazer o mínimo. Fala-se muito em poluição, então imagino que se todo mundo pudesse pedalar para o trabalho seria um benefício para a sociedade como um todo”, declara.

Morador de Pomerode desde julho de 1998, Kava veio para Santa Catarina em busca de trabalho e uma condição melhor de vida. Ele nasceu no interior do Paraná, atualmente tem 51 anos e é pai de dois filhos, Pedro e Valentina.

Para a cidade que escolheu para morar e criar os filhos, Kava declara o seu amor e respeito. “Sempre terá pontos para melhorar, mas nossa cidade é muito estruturada e oferece diversas oportunidades para aqueles que chegam, assim como eu. Para os ciclistas vejo que há alguns pontos que poderiam ser melhorados na questão da mobilidade, mas o que ainda falta é principalmente o respeito dos motoristas para quem está pedalando.”

E o recado para quem quiser começar é muito simples. “Para mim é o estilo de vida, eu gosto de pedalar e vejo a bicicleta como um meio de transporte muito importante. Como conselho para quem quiser começar, a pessoa tem que querer, pois é muito fácil achar motivos para não pedalar ou até caminhar, você tem que insistir um pouco. É questão de força de vontade”, finaliza.

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