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Conheça os gêmeos que encantam o público tocando bandoneon

Gustavo e Gabriel Hoepers Aguiar são moradores de Pomerode e falam sobre a paixão pela música

A preservação da cultura e tradição é um dos pontos fortes de Pomerode, encantando os corações de turistas e dos próprios moradores do município. Além da língua alemã, gastronomia e festas, a música é um dos principais ingredientes para manter a formosura que a cidade já carrega.

Dentre os vários instrumentos que emitem harmonia, o bandoneon tem grande popularidade nos eventos de Pomerode. Porém, ele chama ainda mais atenção quando é tocado pelos gêmeos Gabriel e Gustavo Hoepers Aguiar.

Os irmãos, de apenas 12 anos, ganham destaque nas apresentações que fazem juntos. “Eles tiveram o primeiro contato com o bandoneon quando tinham cerca de oito anos. Aos 10, começaram a ter aulas em Timbó e continuam até hoje”, comenta o pai dos gêmeos, Edson Roberto Aguiar, de 53 anos.

Logo após o início das aulas, os irmãos já realizaram sua primeira apresentação durante uma comemoração de Natal, em 2021. Desde lá, continuam levando a cultura do bandoneon para diferentes públicos e lugares. “Já tocamos no Museu Pomerano, na Casa Radünz, no Pavilhão de Eventos, além de comércios, restaurantes e clubes de caça e tiro da cidade”, revela Gustavo.

Edson destaca que o talento dos meninos também já foi levado até uma das festas mais famosas da região. “Eles já se apresentaram por três dias seguidos na Oktoberfest, juntamente com o professor de bandoneon e o restante do grupo de alunos.”

O pai conta que, antes de morarem em Pomerode, a família residia em Curitiba. “Primeiro, nos mudamos para Timbó com a intenção de ficarmos mais próximos da nossa família. Depois disso, minha esposa conseguiu uma oportunidade profissional em Pomerode e decidimos vir para a cidade.”

Além disso, Edson relembra que outros fatores incentivaram a mudança da família para o município. “Viemos para cá, pois queríamos dar uma melhor condição de vida e ensinar tradições para nossos filhos. Infelizmente, eu ‘perdi’ uma parte da cultura daqui e não queria que o mesmo acontecesse com eles. Então, inserimos os meninos em aulas de alemão e de bandoneon”, conta.

Porém, o interesse por música já vem de outras gerações da família. Edson toca sax, seus primos fazem parte de uma banda, o tio tocava bandoneon e os gêmeos também sabem como tocar flauta.

Edson frisa que todas as apresentações que os filhos fazem são muito especiais. “É sempre emocionante. Eu incentivo o Gustavo e o Gabriel para eles não ficarem apenas nas tecnologias, mas sim se dedicarem a cultura e a educação também. Penso que devemos transmitir essas tradições para outras gerações, para que não se percam com o passar do tempo.”

Gabriel revelou que, ao se apresentar, sente felicidade e um frio na barriga. Já o Gustavo afirma que, às vezes, há uma pressão por conta dos olhares do público. “Contudo, sentimos muita alegria quando percebemos que as pessoas estão admirando e se surpreendendo por sermos gêmeos, tocarmos juntos e por estarmos mantendo a cultura viva mesmo com a idade que temos”, comentam os meninos.

Prática: Gustavo e Gabriel tiveram o primeiro contato com o instrumento aos oito anos de idade. Foto: Daiane de Ramos/Testo Notícias

Os gêmeos continuam tendo aulas do instrumento e treinam todos os dias. “Esse pode ser o futuro deles. Um bom músico se apresenta e se sustenta, por conta disso os incentivamos a se dedicar ao bandoneon”, acrescenta Edson.

Segundo o pai, eles estão na fase de começar a gostar de determinadas músicas e ritmos. Porém no bandoneon, a música favorita de Gabriel é “Adeus Mariana”, já a de Gustavo é “Querência Amada”.

Mas, quando se trata de apresentação, os gêmeos compartilham da mesma preferência. “A nossa favorita foi uma de Natal. Nosso professor trouxe um trenzinho que era puxado por um carro. Nós andamos nele enquanto tocávamos o bandoneon.”

Mesmo sendo jovens, Gustavo e Gabriel já decidiram que querem continuar tocando o instrumento e desejam seguir uma carreira musical no futuro.

Revivendo a história

O bandoneon está presente na história de Pomerode há décadas. Uma prova disso, são os Meninos Pomeranos. Roberto Maske e Sandro Romig tinham 11 anos quando começaram a ter aulas do instrumento em 1984.

A dupla de amigos ficou muito conhecida, fez sucesso, e contribuiu para o enriquecimento da cultura musical no município, assim como incentivou outros a conhecerem o instrumento. Além disso, levaram suas habilidades para outras cidades da região.

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