De Pomerode, um queijo muito suave e cremoso. Para a fabricação, passa por um processo de produção voltado para a retenção de umidade. Depois, é salgado e, por fim, envolto em uma cinta de madeira.
O Morro Azul já conquistou diversos reconhecimentos e, recentemente, esteve novamente em destaque a nível internacional. Na sexta-feira, dia 12, ele foi escolhido como o melhor queijo do 3º Mundial do Queijo do Brasil.
O produto é fabricado pela Pomerode Alimentos, queijaria artesanal de Pomerode, e faz parte da linha Vermont Queijos Especiais. Além disso, o Morro Azul também recebeu a medalha Super Ouro, assim como o Vale do Testo (3 de maturação), também produzido pela empresa.
No fim do concurso, 15 queijos que haviam conquistado a medalha Super Ouro foram selecionados para ir para a final, dentre eles o Morro Azul e o Vale do Testo. Com isso, os juízes, na frente do público, provaram os produtos e escolheram o que consideravam ser o melhor.
Nesta ocasião, o Morro Azul terminou com a mesma quantidade de votos que o Gruyère Suíço, mas acabou vencendo no desempate e levou o primeiro lugar do concurso, o qual teve a participação de mais de 1.800 queijos inscritos de 10 países diferentes.
Orgulho em cada passo
Diante da conquista, os irmãos e sócio da Pomerode Alimentos, Juliano e Bruno Mendes, contam não esperarem esse resultado. “Nem nas melhores expectativas podíamos imaginar que ficaríamos em primeiro lugar, é muito difícil conseguir ser o número um de um concurso assim e ainda mais que a gente concorre com queijos de altíssimo nível da Europa. Conseguir bater esses queijos tão consagrados no mundo é uma tarefa muito difícil”, evidencia Juliano.
Sobre o empate, eles admitem que o Gruyère Suíço é o queijo preferido deles. “É um queijo que admiramos demais. Técnica perfeita, sabor maravilhoso, tudo. Podermos empatar com eles e, depois, acabar sendo escolhido pela comissão como número um, o prêmio ganha um peso muito maior, porque realmente achamos que o Gruyère é o que há de melhor.”

Para os irmãos, é motivo de muito orgulho poder trazer mais um prêmio para Pomerode. “É muito legal também poder levar o nome de Santa Catarina pelo Brasil todo e para o mundo, e continuar fortalecendo a imagem que temos na nossa região, de ter produtos bem feitos, de qualidade e que acabam ganhando destaque nacional. Nos traz muita satisfação poder contribuir de alguma forma para continuar elevando e mantendo o nome da nossa região, cidade e estado em destaque”, completou Bruno.
Além da medalha Super Ouro conquistada pelos queijos Morro Azul e Vale do Testo 3m, a Pomerode Alimentos retornou do concurso com mais nove medalhas, sendo elas: Queijo 5 (ouro), Creme de Brie (prata), Queijo dos Mendes (prata), Vale do Testo 1m (prata), Vale do Testo 6m (prata), Brie (prata), Brie (bronze), Camembert (bronze) e Queijo Pomerode (bronze).
Inspirações e uma receita autoral
O Morro Azul tem uma história muito especial para os irmãos e sócios, já que foi o primeiro queijo autoral deles e com receita criada em Pomerode. Juliano e Bruno explicam que tiveram o primeiro contato com esse tipo de queijo, com bastante cremosidade e com a cinta de madeira ao redor, durante viagem para os Estados Unidos e países da Europa.
“Quando conhecemos o estilo, ficamos encantados e pensamos que teríamos que fazer alguma coisa nesse sentido aqui no Brasil. O primeiro desejo partiu disso. Chegando aqui, com a nossa queijaria montada, começamos a trabalhar no desenvolvimento de uma receita com essas características, esse foi o ponto de partida do Morro Azul”, lembra Bruno.
Como o queijo tem uma massa cremosa e fluída a ponto de escorrer em uma colher, a estrutura fica muito delicada. “Então acabamos colocando uma cinta de madeira ao redor dele, que nesse caso é de carvalho, para dar a estrutura para o queijo. Essa cinta também acaba trazendo algum aroma e sabor para o queijo. Existe uma mistura de bactérias de culturas lácteas que vão dar todas as características para o queijo, além do mofo branco que faz parte da casca dele, e a madeira que acaba trazendo também essas características. Essa é a história do Morro Azul.”