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Cacau, sustentabilidade e um olhar para o amanhã

Saiba como um delicioso chocolate também pode ser sinônimo de responsabilidade socioambiental

Você já ouviu falar da sigla ESG? E já parou para pensar o quanto seu significado pode impactar no seu dia a dia e, principalmente, no futuro? Em inglês, o termo é a abreviação de Environmental, Social and Governance, o que, traduzindo para o português, significa: Ambiental, Social e Governança.

Muito difundido no ambiente corporativo, o ESG tem ganhado cada vez mais adeptos à medida que o conceito de Sustentabilidade ganha força ao redor do mundo.

Em Pomerode, uma empresa se destaca pelas ações desenvolvidas. Ao longo dos seus 20 anos de trajetória, a Nugali Chocolates acumula muito mais do que premiações e reconhecimento internacional.

Suas práticas sustentáveis, preocupação com o meio ambiente e ações educacionais têm modificado também a forma como colaboradores e consumidores enxergam o chocolate. “Para começar, é preciso entender os impactos da atividade econômica, mapear os processos e então implementar soluções gradativamente”, afirma uma das fundadoras da Nugali, Maitê Lang.

Segundo ela, o ponto de partida essencial para qualquer empresa é a vontade genuína de se envolver com o ESG. “Tem que querer muito”, enfatiza a gestora.

Ela destaca ainda a importância do comprometimento interno para impulsionar mudanças significativas. “Com a primeira decisão tomada, você começa a olhar todos os detalhes e processos da empresa, isso vai virando o nosso dia a dia. Aos poucos, as pessoas vão absorvendo e trabalhando de forma diferente.”

E um dos entraves observados é a tendência de se intimidar diante de projetos de grande escala, levando a uma análise de custo-benefício que pode parecer desfavorável a curto prazo.

Para superar essa barreira, a gestora aconselha iniciar com ações de menor impacto financeiro e que possam demonstrar retorno imediato. “É preciso começar pequeno e em um aspecto que a empresa conheça bem”, recomenda.

Maitê explica que as iniciativas implementas pela empresa não foram tomadas a partir de uma ideia de modismo, de benefício econômico ou porque o consumidor enxerga isso. “Nós passamos a ser uma empresa sustentável porque a gente acredita nisso. Acreditamos que é possível fazer melhor, com menos impacto negativo ao meio ambiente e mais impacto positivo nas pessoas, essa foi a nossa decisão.”

Conceitos

ESG
Environmental, Social and Governance, em português: Ambiental, Social e Governança.

Chocolate Bean to Bar
É basicamente aquele feito a partir da amêndoa integral do cacau até a barra de chocolate, sem segmentação de processos nem aditivos artificiais. O fabricante é o responsável por todos os processos da criação do chocolate, desde as compras das amêndoas, torra, preparação da massa de cacau, fabricação do chocolate líquido, até a cristalização, moldagem e embalagem do produto.

Sistema Agroflorestal
É uma forma de uso e ocupação do solo em que árvores são plantadas ou manejadas em associação com culturas agrícolas ou forrageiras, melhorando aspectos ambientais e a produção de alimentos e madeira.

Agrofloresta, cooperativismo e valorização das comunidades locais

O segredo de um chocolate premiado internacionalmente passa, primeiramente, pela qualidade da matéria-prima e o cuidado em todo o processo produtivo. “E essa qualidade também é revertida na qualidade do produto final.”

Em 2004, quando Maitê e o sócio, Ivan Blumenschein, decidiram abrir mão de suas carreiras em uma conhecida multinacional para investir no seu próprio negócio, tinham a certeza que queriam fazer diferente. “Desde o início, queríamos garantir que o nosso cacau viesse de fazendas que não usassem mão de obra escrava, que se preocupassem em desenvolver a agricultura familiar e as comunidades locais. E nós temos esse privilégio de estar no Brasil e conhecer pessoalmente os nossos fornecedores, de visitá-los e conversar com as pessoas que estão atrás deles.”

Maitê explica, ainda, que a fábrica de chocolates não compra cacau com preço de ocasião. “Todos são nossos parceiros de longa data, nós fazemos questão de manter as fazendas e cooperados como nossos fornecedores certificados. Nós os visitamos constantemente, pegamos o avião e vamos até eles, são nossos conhecidos e fazemos questão de manter esse contato próximo.”

Todo o cacau hoje utilizado para a fabricação dos chocolates é proveniente de sistemas agroflorestais sustentáveis, que contribuem com a preservação da biodiversidade da Mata Atlântica e da Floresta Amazônica. “Poder ver uma plantação, as árvores nativas, os animais silvestres e ver que você está garantindo uma condição de vida para aquela cooperativa, aquele produtor, para aquela família ficar no campo e continuar investindo em uma cultura sustentável, mantendo uma vida boa, é algo extremamente gratificante”, declara Maitê.

Parceria: todo o cacau usado pela Nugali para a produção de chocolate é proveniente de fazendas parceiras e cultivados a partir de sistemas agroflorestais. Foto: Acervo Nugali Chocolates

A informação de todo esse caminho, da fazenda de cacau, até o tablete, é registrada nas embalagens de chocolate para que o consumir possa ter acesso à rastreabilidade do produto. “Hoje, a maioria das nossas embalagens, dos nossos tabletes, têm o nome dos produtores e o lote a que ele pertence. Garantimos a rastreabilidade do produto, o que certifica que aquele cacau veio de um produtor parceiro, que nós fizemos uma compra direta.”

Atualmente, a indústria catarinense está entre as líderes do segmento no Brasil, com cerca de 20% do mercado nacional. A marca também é a mais premiada do país e a pioneira no desenvolvimento de chocolates brasileiros bean to bar, aqueles em que o fabricante controla a produção desde o plantio até o consumidor. “As premiações e os reconhecimentos também são muito importantes porque eles atestam que estamos fazendo certo. Porém, mais do que obter um certificado, nós queremos demonstrar com ações que é possível produzir um chocolate gostoso e de alta qualidade, com respeito ao meio ambiente.”

Além do cacau proveniente de agroflorestas, a empresária explica que a indústria busca também a valorização da biodiversidade. “Fazemos questão de usar ingredientes bem brasileiros, como o cupuaçu e a pimenta rosa, e isso é um aspecto de sustentabilidade. Hoje, nós procuramos ser sustentáveis em toda a cadeia produtiva, do início até o fim, e isso é o tempo todo.”

Respeito ao Consumidor e valorização da biodiversidade

A sustentabilidade em uma indústria de chocolates, segundo Maitê, vai além da mera preservação ambiental. “Ela abraça também a saúde e o bem-estar do consumidor.”
Ela explica que utilizar poucos ingredientes, selecionados pela sua qualidade e benefícios para a saúde, é uma prática que demonstra esse cuidado, evidenciando um compromisso com a transparência e o respeito ao público. “Essa prática não só enriquece nossos chocolates com sabores únicos como também promove a conservação de espécies nativas e apoia a economia local.”

Contudo, Maitê ressalta que é essencial que a mensagem sobre a valorização da biodiversidade seja comunicada de maneira clara e educativa. “Não se trata apenas de divulgação, mas de um processo educacional que esclarece ao consumidor a importância de escolhas alimentares sustentáveis. A comunicação deve ser estratégica e profunda, de forma a evitar mensagens confusas ou superficiais, assegurando que o público entenda o verdadeiro valor dos ingredientes brasileiros e seu papel na sustentabilidade.”

Um DNA Lixo Zero

Maitê destaca um projeto particularmente apreciado pela Nugali: o programa Lixo Zero. Atualmente, a empresa orgulha-se de desviar 99,9% dos resíduos do aterro sanitário, um feito notável que a coloca entre as líderes nacionais em sustentabilidade industrial. “Esse projeto é especial para nós, pois começamos com uma meta de 97% e, através de melhorias contínuas ao longo de três anos, alcançamos o que é um dos melhores índices do Brasil”, afirma.

A iniciativa não apenas beneficia o meio ambiente, mas também tem um impacto positivo sobre os colaboradores, que levam os princípios de reciclagem e redução de desperdício para suas próprias vidas. “É um projeto que não é visível ao público, mas internamente é muito significativo e querido por todos nós.”

Carbono Neutro e inovação em embalagens

Outro projeto destacado por Maitê é o Carbono Neutro, uma prioridade constante na Nugali, em que a equipe trabalha incessantemente para melhorar os índices de compensação de carbono. A empresa também celebrou uma vitória significativa ao eliminar o uso de BOPP (Bi-Oriented Polypropylene) nas embalagens plásticas, um passo importante rumo à sustentabilidade.

Engajamento dos colaboradores e cultura de sustentabilidade

Quando questionada sobre como os projetos são trabalhados com os colaboradores e como a cultura de ESG é transmitida, Maitê enfatiza o papel do exemplo e do orgulho coletivo. “A influência vem dos próprios colegas, que já vivenciam essas práticas no cotidiano”, explica ela. “Muitas ideias surgem dos próprios colaboradores que estão diretamente envolvidos nos processos e enxergam oportunidades de melhoria.”

A cultura da empresa incentiva o compartilhamento de conhecimento e práticas sustentáveis, com um ambiente onde perguntar e aprender são parte integrante do processo. “Aqui, ninguém tem vergonha de pedir informações ou esclarecimentos. O exemplo é a força motriz por trás da disseminação dessas políticas entre os colaboradores.”

A abordagem da Nugali Chocolates evidencia como a liderança pelo exemplo e o empoderamento dos colaboradores podem fomentar uma cultura empresarial engajada e comprometida com práticas sustentáveis e inovadoras. Claudio Luemke, que dedica suas energias à empresa há 12 anos e atualmente ocupa o cargo de gerente de operações, testemunha a transformação positiva que as iniciativas de ESG têm trazido ao cotidiano da empresa. “Desde a implementação das práticas de ESG, cada um de nós se sente parte de algo maior”, afirma.

Foto: Acervo Nugali Chocolates

De acordo com ele, a consciência coletiva cresceu e hoje é notável como pequenas ações, quando somadas, revelam-se fundamentais para a sustentabilidade. “Reduzimos significativamente o uso de plásticos e garantimos a destinação correta dos resíduos da produção. Isso é apenas o começo”, complementa.

A Nugali Chocolates demonstra que a adoção de processos éticos e responsáveis vai além do benefício direto ao meio ambiente; ela repercute na cultura da empresa e na vida de seus colaboradores. “Saber que fazemos parte de uma empresa que se preocupa tanto com o planeta quanto com as pessoas traz um sentimento de segurança e orgulho”, ressalta.

As ações de ESG não apenas redefiniram a forma de operar da Nugali Chocolates, mas também modificaram a percepção de seu papel no mundo. “Não somos apenas fabricantes de chocolate; somos agentes de mudança”, declara com convicção.

ESG no dia a dia

De acordo com Maitê, as boas práticas de ESG no dia a dia não exigem um ponto de partida grandioso. “Mas sim um compromisso contínuo e a disposição para crescer e aprender com cada pequena vitória.” Confira algumas das iniciativas implantadas pela Nugali:

1 – Tratar a preservação como um ativo

Os cacaueiros da Nugali Chocolates são um testemunho vivo da harmonia entre agricultura e natureza. Cultivados no sistema “cabruca” na Bahia e em sistemas agroflorestais no Pará, eles são a chave para a preservação de vastos trechos de Mata Atlântica e Floresta Amazônica.

A empresa entende a preservação como um ativo valioso, refletido na qualidade superior de seus produtos. As técnicas de cultivo sustentável não só protegem o meio ambiente, mas também conferem ao cacau um terroir distinto, resultando em chocolates excepcionais.

2 – Reduzir o consumo de água e energia

Comprometida com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, a Nugali Chocolates exemplifica a eficiência no uso de recursos naturais. Com a captação e reutilização de água da chuva e a geração de energia elétrica por meio de placas fotovoltaicas, a empresa demonstra uma abordagem consciente para reduzir seu impacto ambiental.

A transparência é evidenciada através de dados atualizados em tempo real, disponíveis tanto no site da empresa quanto em uma tela na loja de fábrica.

3 – Diminuir a zero a geração de lixo

Com um impressionante índice de mais de 98% de resíduos compostados, reciclados ou reaproveitados, a Nugali Chocolates alcançou o certificado Lixo Zero.

Inovações como embalagens biodegradáveis e um programa de logística reversa não apenas minimizam o impacto ambiental, mas também geram benefícios sociais, como a geração de renda para catadores e o aumento das taxas de reciclagem no país.

4 – Enxergar valor no que iria para o aterro

A Nugali Chocolates transforma resíduos orgânicos em adubo para suas plantações e encontrou uma solução criativa para as cascas de cacau sobressalentes: convertê-las em um produto para jardinagem. Esta prática exemplifica o conceito de economia circular, gerando valor econômico e ambiental a partir de resíduos que de outra forma seriam descartados.

Solução criativa: cascas de cacau são transformadas em adubo para plantações. Foto: Marta Rocha/Testo Notícias

5 – Ser uma empresa Carbono Neutro

Ao alcançar o status de Carbono Neutro, a Nugali Chocolates demonstra um compromisso sério com a redução das emissões de gases do efeito estufa.

A empresa calcula e compensa suas emissões através de investimentos em energia renovável e compra de créditos de carbono, estabelecendo um exemplo de como pequenas e médias empresas podem contribuir para a luta contra as mudanças climáticas.

6 – Valorizar o que é nativo do entorno

A Nugali Chocolates integra-se ao ecossistema local, plantando árvores nativas e promovendo a biodiversidade.

A empresa apoia a preservação da Mata Atlântica e incentiva a polinização através do cultivo de abelhas nativas sem ferrão.

Este respeito pela flora e fauna nativas é compartilhado com os visitantes, que aprendem sobre a importância desses elementos para o ecossistema local.

7 – Integrar o negócio à sociedade local

Localizada na histórica Rota do Enxaimel, a Nugali Chocolates não só respeita como também contribui para a preservação do patrimônio cultural e natural da região. A empresa apoia a comunidade local, integrando-se à paisagem e apoiando os pequenos agricultores, promovendo assim o desenvolvimento socioeconômico sustentável da área.

Tour da Nugali e Green Destinations como ferramentas educativas

Desde o seu lançamento em 2021, o tour de fábrica da Nugali Chocolates, oferece em seu passeio uma jornada interativa e encantadora que leva os visitantes através das etapas de criação das famosas delícias da marca, começando por uma estufa onde crescem pés de cacau e baunilha, passando por atividades que despertam os sentidos e culminando na visão detalhada do processo de transformação das amêndoas de cacau. “É uma experiência única e imersiva para os amantes de chocolate.”

Ao longo do percurso, os participantes têm a oportunidade de aprender sobre as abelhas nativas sem ferrão, fundamentais para a polinização das flores dos cacaueiros, e apreciar a técnica construtiva enxaimel, característica predominante nas casas históricas da região. “Claro, a degustação dos nossos chocolates também não poderia faltar.”

Foto: Arquivo Testo Notícias

Para Maitê, o tour de fábrica é excelente para a transmissão de conhecimento sobre práticas sustentáveis. “Não se trata apenas de implementar novos processos, mas de revisar constantemente cada detalhe e a maneira como compartilhamos essas informações com os outros.”

A empresária afirma que ter o seu entorno reconhecido como sustentável também é fundamental. Por isso, assim como outros associados da Associação Rota do Enxaimel, celebrou a certificação do roteiro na lista dos destinos turísticos mais sustentáveis do mundo. “O Green Destinations é com certeza um dos mais importantes selos de sustentabilidade turística global. Então poder ter a nossa fábrica que trabalha de forma tão séria esses aspectos em um roteiro reconhecido por isso também, é fantástico”.

Abertura ao diálogo e compartilhamento de conhecimento

A gestora reitera o compromisso da Nugali em manter um diálogo aberto e colaborativo. “Quando alguém entra em contato conosco para perguntar sobre nossas práticas sustentáveis ou buscar apoio e explicações, estamos prontos para compartilhar nossas ideias e experiências”, enfatiza.

Para ela, essa troca de conhecimento é uma grande oportunidade que pode gerar impactos positivos significativos para todos os envolvidos. “A sustentabilidade é uma jornada contínua em que a inovação e a educação são fundamentais para avançar nesse caminho.”

Respeito às raízes e um olhar para o futuro

Para Maitê, levar o nome de Pomerode, Santa Catarina e do Brasil ao mundo com um chocolate de excelência é mais do que uma conquista pessoal, é um dever. “Acho que isso é o que tem que ser feito, é o correto”, afirma.

A identificação com a sua cidade natal e o orgulho catarinense são palpáveis nas palavras que Maitê usa para descrever a região. “Santa Catarina, de uma maneira geral, tem um povo muito trabalhador, que preza pela qualidade no que faz. Para mim é algo natural, tem que ser assim”. Essa naturalidade em buscar a excelência reflete-se na visão da empresa sobre sustentabilidade, que não é vista apenas como uma obrigação, mas como uma oportunidade de crescimento mútuo.

Reconhecimento internacional: mais do que colecionar premiações, a Nugali Chocolates se preocupa com o meio ambiente em todas as fases de seu processo produtivo. Fotos: Marta Rocha/Testo Notícias

Segundo Maitê, as iniciativas ambientais da Nugali Chocolates são vistas como um benefício para todos, contribuindo para o engrandecimento da cidade e para a disseminação de práticas sustentáveis na comunidade. “Que bom que Pomerode tem uma fábrica de chocolates que leva o nome da cidade para todos os cantos”, celebra a empreendedora, reconhecendo o impacto positivo da empresa além das fronteiras locais.

A visão de futuro da Nugali Chocolates é clara: um compromisso inabalável com a constância e a inovação. “É um processo constante de enxergar oportunidades em cada novo desafio. O que nos trouxe até aqui é a constância e não dá para parar”, declara Maitê.

O que ainda vem por aí

E da busca incessante por melhorias, um projeto que está saindo do papel é o Uniformes do Bem. Maitê explica que gestores e colaboradores não estavam satisfeitos com o destino dos uniformes usados no processo produtivo. “O simples descarte já não parecia algo que se encaixava com as nossas políticas.”

Foto: Acervo Nugali Chocolates

Por isso, a Nugali buscou a parceria de uma empresa de logística reversa têxtil, especializada em reciclagem de uniformes empresariais em desuso. Através de um processo meticuloso e inovador, a Uniformes do Bem vai transformar o que antes seria considerado lixo e sem valor comercial em cobertores, repassados a entidades. “É isso que a gente faz o tempo inteiro, buscamos parceiros e formas de fazer diferente e melhor, com o pouco ou o muito que temos”, garante Maitê.

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