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Bodas de cumplicidade e respeito

Raulina e Rainwald Trapp celebraram 50 anos de união ao lado da família

Já imaginou passar 50 anos ao lado da mesma pessoa? Esses foram os votos renovados pelo casal Raulina e Rainwald Trapp no dia 19 de fevereiro, quando a família se reuniu para celebrar as Bodas de Ouro.

Já era fim de um domingo no ano de 1970 quando Rainwald decidiu acompanhar Raulina até sua casa. Era comum naquela época os jovens se reunirem em salões e barzinhos, gentilmente apelidados de botecos ou botequins. “Naquele dia, a amiga de Raulina já estava indo para casa com um paquera quando eu decidi oferecer minha companhia para ela. Em um trecho do caminho, ela decidiu subir na garupa da minha bicicleta para pegar carona”, relembra Rainwald.

Eles moravam na mesma direção, mas, em certa parte do trajeto, era preciso subir o morro para chegar à casa de Raulina. “Então, eu deixei a bicicleta no mato e fui caminhando de mãos dadas até chegar ao portão da sua casa.”
Eram outros tempos, os encontros não eram comuns. Então, a saudade apertava e o coração batia acelerado quando os corações enamorados se encontravam. Tempo depois e após algumas histórias engraçadas, decidiram atar o namoro firme.

Um ano depois, Rainwald conta que ele e Raulina começaram a sentir as mudanças no corpo da namorada e decidiram que era hora de conversar com os pais da moça. Afinal, ela estava grávida do primeiro filho do casal. “A gente já fazia parte da família quando percebemos algo diferente. Depois daquela conversa, marcamos a data do casamento”, relembra.

A conversa aconteceu em janeiro e casamento foi marcado já para o mês seguinte. Uma cerimônia simples realizada na casa dos pais da noiva e para 50 convidados. “Foi apenas um almoço e um café da tarde. Os amigos de banda de Rainwald tocaram algumas músicas, mas não teve baile. À noite, já ajudamos a tratar as vacas”, recorda Raulina.
O casal teve cinco filhos, Ramiro, Ranice, Raquel, Rafaela e Ranita. Por um tempo moraram na casa dos pais de Raulina e depois na casa dos pais de Rainwald até conseguirem se firmarem. Como os dois trabalhavam em indústrias de Pomerode, se mudaram da Itoupava Rega, em Blumenau, para o município.

A primeira casa da família era de madeira, pequena e bem simples. E, além do trabalho da semana, Rainwald ainda tocava todos os fins de semana para garantir um rendimento extra à família. Pouco a pouco, o casal conseguiu se estabelecer e garantir mais qualidade de vida para eles e para os filhos. “Hoje, nos orgulhamos da casa que construímos e de ter tido condições de ajudar os nossos filhos.”

União: Raulina e Rainwald se orgulham de nunca terem dormido brigados. FOTO: Marcos Ricardo Fotografias

Em relação ao segredo para a união ter resistido ao tempo, desafios e privações, Raulina e Rainwald são unânimes em dizer que é manter o respeito, a confiança e o amor. “Construímos a nossa vida trabalhando. Das poucas vezes que discutimos, nunca íamos dormir brigados. Sempre fomos muito unidos e sempre nos respeitamos muito”, garante Raulina.

Para Rainwald, os casamentos de hoje não duram tanto quanto os do passado porque não há o mesmo respeito que antigamente e tudo se tornou muito fácil. Ele deixa um recada aos que pretendem celebrar as Bodas de Ouro ao lado do seu grande amor: “Cumplicidade e respeito”.

Atualmente, o casal vive em Testo Rega, na mesma propriedade do início da união. Ambos são aposentados e, dentro do que a atual situação da pandemia permite, gostam muito de viajar. Têm sete netos e mantêm uma tradição há anos: o almoço de domingo feito para a família.

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