Acolhimento especial para pais e alunos das turmas de pré e primeiro ano foi preparado pela Escola Dr. Amadeu da Luz
Por Redação TN

De maneira lúdica: por meio da colocação dos bambolês, crianças aprenderam sobre o distanciamento
Como explicar para crianças de apenas quatro, cinco ou seis anos de idade o que é o distanciamento social? Essa é uma questão com a qual os profissionais de educação precisaram lidar no início de 2021 e na volta às aulas presenciais.
Na Escola Básica Municipal Dr. Amadeu da Luz, de Pomerode, uma ideia construída a partir do trabalho em equipe solucionou não apenas esse desafio, mas também o de como acolher e tranquilizar os pais dos alunos. “Por conta do Plano de Contingência, os pais não podem entrar no pátio da escola, mas para aqueles que possuem crianças matriculadas no pré ou no primeiro ano, é muito difícil simplesmente deixar os filhos no portão, sem conhecer quem é a pessoa que estará com eles durante o período de aula”, contextualiza a professora Viviane Beckert Spiess, que leciona para a turma do primeiro ano.
Viviane conta que durante as reuniões administrativas, surgiu o questionamento de como seria feita a acolhida para os alunos da educação infantil e seus pais, inicialmente a ideia foi pensada para as crianças do pré. Partiu do professor de Educação Física, Erick Loth, a possibilidade de fazer uso da quadra de esportes, pois dispunha do espaço necessário para abrigar os envolvidos, sem abrir mão do distanciamento social. “Pensei: os meus também ainda são pequenos, os pais vão gostar de ter contato conosco. Então perguntei à professora Luzia Scotini (que leciona para o pré) se poderia pegar carona na ideia. Ela prontamente aceitou e sentamos juntos para planejar”, revela.
O artifício de delimitar o espaço com os bambolês surgiu da lembrança que Viviane teve acerca de uma “dinâmica de direita e esquerda”, realizada com os alunos do primeiro ano. Os professores de Educação Física (Erick e Artur Gewehr) auxiliaram na preparação da quadra, deixando os bambolês dispostos na distância correta.
Divulgação EBM Dr. Amadeu da Luz /Diversão e aprendizado: atividade teve como objetivo acolher pais e alunos no primeiro dia da volta às aulas presenciais.
Em seguida as professoras pensaram ainda em outra questão, como fazer com que os pequenos, além de entender questões como o distanciamento, se sentissem também acolhidos. “Criança é ação, é movimento, é energia. Por isso incluímos duas músicas em nosso roteiro. Assim, tivemos a apresentação dos professores e a palavra da diretora. Em seguida trabalhamos as músicas com as crianças. Lá fora, uma equipe ainda aguardava os pais no portão para tirar qualquer dúvida que tivesse restado. Isso os deixou ainda mais tranquilos quanto à forma que a escola se preparou para receber os alunos”, explica.
Já os pequenos contaram ainda com mais algumas orientações importantes. “Foi realmente um trabalho de equipe, outros professores e auxiliares estiveram presentes para oferecer às crianças todo o apoio e acolhida. Cada profissional guiou três alunos para a sala. Eles aprenderam onde fica o álcool em gel, como utilizá-lo e que precisam ficar sempre a dois passos de distância do coleguinha”.
Como as turmas estão intercaladas para respeitar o Plano de Contingência, a dinâmica foi feita em quatro oportunidades, para receber a todos os alunos dessas duas turmas da mesma forma. Para Viviane, os primeiros dias têm se mostrado tranquilos em relação ao entendimento das crianças quanto às regras. “Eles estão respeitando todas as orientações, inclusive na hora do lanche, quando devem sentar-se apenas nos locais marcados com o X”.
Para a diretora da escola, Scheila Maas, a participação da equipe em momentos como esse é um dos pontos fortes da Escola Dr. Amadeu da Luz. “São os professores que têm a vivência da sala de aula, então, nada melhor do que ouvi-los quando discutimos a melhor forma de trabalhar momentos como esse. É sempre muito bom contar com as ideias dos profissionais da escola e perceber como todos se doam para que tudo corra da melhor maneira possível”, enaltece.
Para finalizar, Viviane comenta da alegria em poder voltar a ter o contato presencial com os alunos. “Estando próximos deles, dentro da sala de aula, podemos perceber mais facilmente quais são as dificuldade e facilidades de cada um, dessa forma, conseguimos mediar as necessidades de cada aluno, pois cada criança aprende de uma forma. Além disso, eu estava com muita saudade de estar rodeada de crianças”, complementa.