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Aprender a desapegar é um ato de amor

Mãe conta como está ensinando essa importante lição ao filho de quatro anos

A corretora de seguros, Patrícia de Souza Sabin, 32 anos, acredita que é pelo exemplo que se ensina. Ela e o marido, Fabio Sabin, estão fazendo isso com o seu único filho, Vinícius, de quatro anos. Ela diz que a maternidade veio para lhe ensinar a ser um ser humano melhor. “Tenho como missão educá-lo. Os pais têm que ajudar os filhos a se tornarem uma versão melhorada deles. Estamos aqui para evoluir juntos”, afirma.

Ela conta que já percebeu que o filho tem um pouco de apego as suas coisas, assim como ela. Patrícia começou, já há algum tempo, um trabalho de reconexão consigo mesma, buscando valorizar o que realmente é importante e, por isso, tem trabalhado o desapego. “Todos os dias conversamos muito com o Vinícius, orientando que deve emprestar os brinquedos para os amiguinhos. Explicamos que eles vão devolver e que é bom compartilhar e doar”, explica.

Segundo Patrícia, esse é um trabalho contínuo e gradativo. “Não posso exigir dele, que é uma criança, um entendimento que eu mesma demorei para ter. Mas, com certeza, ele vai aprender mais cedo. E já vejo em algumas ações dele muita bondade”, se emociona. A corretora conta que tinha roupas que eram da avó, guardadas há dois anos, e pelo valor sentimental não queria doá-las. “No entanto, percebi que elas não traziam nada para mim. Que minha avó estava viva dentro de mim, nas lembranças dos bons momentos, e daí consegui doar”, conta.

Faz parte da educação do pequeno Vinícius também entender que a vida é muito mais do que ganhar presentes, sejam eles de pequeno ou grande valor. “Não damos presentes a todo instante. Preferimos organizar passeios e sair para comer fora, em algum lugar legal, para comemorar as datas. Mostrar para ele que o mais importante é estarmos juntos. Faço isso também com meus afilhados”, afirma.

Nesse caminho do desapego, Patrícia disse que separou cerca de 10 ursos de pelúcia e uns anjinhos, que eram dela, para doar a alguma instituição nesse Natal. Ela lembra que, na infância, um fato que a impactou muito foi quando a mãe a levou em uma instituição para doar brinquedos dela, e uma criança de lá, que tinha bem menos, lhe deu um brinquedo de presente. “Nunca esqueci desse ato de amor, de desapego daquela criança. Por isso, resolvi que criaria meus filhos para serem assim”, afirma.

Ela já orientou Vinícius, que ganha muitos presentes dos parentes, para escolher alguns deles para doar. “Ele já disse que vai fazer, mas depois do Natal. Temos que respeitar o tempo dele”, adverte.

Patrícia conta que está grávida de três meses e esse processo de desapego também está ajudando a prepará-lo para dividir a atenção com o irmãozinho. Eles também, inicialmente, irão dividir o mesmo quarto. Ela acredita que o Vinícius já está bem maduro com essa ideia. “Tanto que ele fala que o bebê é dele e que vai cuidar”, se diverte.

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