Pai toca acordeon e bandoneon para o filho desde quando o pequeno ainda estava na barriga da mãe

Acordeon: bebê sente-se confortável ao lado do instrumento.
Com certeza você já viu mamães e papais conversando com o bebê ainda na barriga para se acostumarem com a voz, inclusive, essa é uma dica que muitos especialistas dão. O objetivo é fazer com que, quando a criança nasça, já tenha familiaridade com alguns sons ao seu redor.
Rodrigo Kienen, professor de música, utilizou essa teoria de uma forma um pouquinho diferente. Durante a gestação da esposa, a pedagoga Iolanda Furbringer Kienen, tocou diversas vezes acordeon e bandoneon para o bebê, dois instrumentos com um valor sentimental muito grande. Resultado?
O filho, hoje de 10 meses, já se acostumou com o som e demonstra muita alegria e conforto ao escutar o pai tocando.
O amor de Rodrigo pelos instrumentos musicais começou ainda na infância. “A ideia surgiu pela paixão que tinha pelo som que este instrumento transmitia. Meu pai escutava muitos LPs, que possuíam o acordeon e bandoneon nas suas melodias”. Com cinco anos, Rodrigo ganhou seu primeiro acordeon de oito baixos e, a partir daí, começou a tocar junto com o som que vinha dos discos. Aos poucos as notas foram se encaixando.
Hoje, Rodrigo repassa esse amor pela música de diversas formas. Ele é professor na única escola do Brasil que oferece aulas gratuitas de bandoneon, localizada em Pomerode e pode, diariamente, repassar seus conhecimentos a futuros musicistas.
Arquivo pessoal/Família: Rodrigo e Iolanda com seus filhos.
Ele também conseguiu transmitir essa paixão para o filho mais novo, dessa vez, desde muito cedo. Nicolas começou a descobrir o som dos instrumentos desde que estava na barriga da mãe. “Desde o início da gravidez ele tocava música para o Nick e, por incrível que pareça, quando ele ouvia já se agitava dentro da barriga”, conta Iolanda.
Hoje, com 10 meses, o pai continua com a rotina de encantar o menino por meio das notas musicais, só que agora o menino acompanha com atenção do berço ou do colo da mãe.
Seja lá de onde estiver, o bebê abre o sorriso no momento em que Rodrigo começa a dedilhar os instrumentos. “Ele adora ver o Rodrigo tocar, tem vezes que até tenta balbuciar parecendo querer cantar. Também dança junto com o ritmo, balançando a cabeça para trás e para frente. Sempre sorrindo”, conta, orgulhosa, a mãe.
Para Iolanda, o filho se acostumou com o som quando estava na barriga e talvez por isso goste tanto. “Como o pai já tocava para ele antes de nascer, isso lhe traz segurança e conforto”, comenta.
O casal acredita na importância de ter contato com a música desde cedo, e nos benefícios que essa atividade traz para a criança e para os pais. “A música faz parte do processo de aprendizagem do ser humano, envolve atenção, sensibilidade, imaginação, memória e concentração”, explica Iolanda. Para Rodrigo, desenvolver esse lado na criança faz com que elas aprendam mais sobre cultura também. “O mundo é feito de música, tudo o que escutamos é música”, completa ele.
Arquivo pessoal/Foco: Nick vidrado vendo o pai tocar acordeon.
Por isso, não é só o Nick que está começando a pegar gosto pelos acordes. Iolanda tem mais uma filha, a Ítala, de 10 anos, e Rodrigo tem o Gustavo, de oito anos. Ambos são do primeiro relacionamento de cada um, porém moram com o casal.
Ele incentiva seus filhos a terem gosto pela música e pelos instrumentos. “Se algum deles aprender será uma alegria”, conta. Hoje, Ítala faz aulas de violão e Gustavo de bandoneon. “Já o Nick teremos que esperar um pouquinho para saber com qual instrumento vai se identificar, incentivos não faltarão aqui em casa”, completa a mãe.
O pai também toca teclado e sax alto, porém a família já escolheu seus favoritos. “Geralmente toco acordeon e bandoneon, pois são os instrumentos que meus filhos mais gostam de ouvir”, finaliza.
Imagens
Foto: Arquivo pessoal
Foco: Nick vidrado vendo o pai tocar acordeon.Foto: Arquivo pessoal
Acordeon: bebê sente-se confortável ao lado do instrumento.Foto: Arquivo pessoal
Família: Rodrigo e Iolanda com seus filhos.