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A vitória de deixar para trás o vício do cigarro

Ivanir Ramthun conta como deixar de fumar transformou sua vida

Foto: Arquivo pessoal
Superação: Ivanir aproveitando sua nova vida.

 “Hoje sinto o perfume do sabonete, o cheiro da pele, vale a pena”. Essas são as palavras da Ivanir Ramthun, de 62 anos, que depois de 38 anos, conseguiu, com a ajuda de um tratamento, se livrar do vício do cigarro. Isso ocorreu há 10 anos e ela conta se sentir muito mais saudável, sem dependências químicas e conseguindo focar toda energia na administração de sua pousada.

Ivanir era fumante desde os 13 anos de idade. Na época, era comum a aparição de cigarros em filmes, revistas, novelas e os próprios comerciais do produto eram frequentes. Com isso, ela começou a imitar seus colegas e a primeira vez que experimentou foi em um piquenique com eles. “Lanchando e bebendo um refrigerante, fumei meu primeiro cigarro, da marca Continental. Lembro da minha irmã estar junto e ter fumado também, só que ela fumou pouco tempo ou o único cigarro”, revela.

A mãe de Ivanir soube da história e a deixou de castigo por um mês, sem poder sair aos domingos. Mas nem mesmo isso a impediu de continuar. Ela ganhou gosto pelo produto e assim foi passando de marca em marca. Por mais que na adolescência ainda não fosse totalmente frequente, quando fumava, era escondida no banheiro de casa. Um certo dia, jogou no lixo do banheiro o cigarro, acreditando estar apagado. Sua mãe a chamou mostrando o que tinha feito: o banheiro havia incendiado.

Quando se casou e engravidou, Ivanir parou momentaneamente de fumar durante a gestação e amamentação da primeira filha. Logo depois, voltou com o vício e só parou quando engravidou novamente. O mesmo aconteceu quando teve o caçula da família. O ápice do vício ocorreu quando seu marido parou de fumar. “Antes quando ele saía para trabalhar dava três cigarros para mim e assim passava o dia. Quando ele parou, comprava cigarro e o maço ficava comigo”. Assim, Ivanir foi de três cigarros para, em média, duas carteiras diárias.

Para ela, tudo girava em torno de fumar. As atividades vinham acompanhadas de um cigarro. Mas, por outro lado, não suportava o cheiro que ficava nas mãos e boca. O pijama, roupas e até casacos de inverno tinham que ser limpos todo o dia. Escovava os dentes e lavava as mãos com muita frequência. “O cheiro do cigarro é o que me incomodava, era terrível para mim e foi ele o grande motivo para eu parar”, admite.

Quando resolveu lutar contra o vício, Ivanir lembrou que uma conhecida havia feito um tratamento a laser e conseguido parar de fumar. Com todas as informações, decidiu tentar o mesmo tratamento, que era feito em Curitiba. Foram 40 minutos com laser nos pontos de acupuntura e somente uma sessão já foi suficiente para ela. “Foi no dia 8 de março de 2010 que saí do Hotel fumando e após 40 minutos de tratamento o cigarro deixou de fazer parte da minha vida e dos meus pensamentos. E lá se foram os 38 anos de vício”.

Hoje, após 10 anos, Ivanir pode conhecer e experienciar novos acontecimentos. Por exemplo, aprendeu a sentir o gosto da água. Antes, bebia somente chá, café e muito refrigerante. Agora, também sente o aroma do sabonete e o cheiro da pele.

Recentemente ela subiu o Morro da Turquia com sua família, às 5h da manhã, para ver o nascer do sol. Uma experiência que guarda com muito carinho, e avisa: “os piqueniques continuam sem cigarros”. Ivanir foi uma das milhares de pessoas que lutaram contra um vício e conseguiram vencer. Durante esses 10 anos, nunca voltou atrás. “Mesmo saindo com pessoas que fumam ou fumavam, nunca mais voltei a sentir o gosto do cigarro. Não sinto falta, nem saudades”, finaliza.

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